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Monday, June 07, 2004

Pensar que me ias dar tudo aquilo que eu sempre sonhei que me desses, pensar que ainda penso que existe alguém, por aí, pronta a me dar tudo aquilo que me puder e tiver disposta a dar. Pensar que te vi, assim, pura e escondida entre o teu medo de me ver e de me sentir. Entre a tua Ânsia de me buscar, alcançar e de te ter só para mim. Já não escrevo para ti, mas por mim, para que as mãos possam responder a tudo aquilo que o teu coração tem a ilustre técnica de esconder.

Foram tantas as vezes em que sonhei que te tive e foram tantas as vezes que me fugiste. O amor não tem preço, nem idade, mas o meu tinha-te a ti, materialização do meu desejo, capaz de virar este mundo e o outro do avesso, só para conseguir viver este sentimento que eu achei que ambos vivéssemos. Agora vivo sozinho, porque alguém, como tu, não quis mais provar do sabor da minha vida, nem desejar frente ao espelho aquilo que não se pode ser, mas que todos nos queremos tornar.
E foram dias, ontem hoje e amnanhã, a fugir de ti, até que fui forçado a encontrar-te entre um copo pousado e um MaRtini Metz. Quando penso em ti, penso nas opurtunidades que poderiamos ter criado juntos, saltar por cima das adversidades, ver o nascer do sol juntos e morrer noutro planeta. Poderiamos ter sido amantes e amarmo-nos meses, numa cabana à beira do rio, sem ninguém saber, sem ninguém sentir, sem ninguém intervir.
O que fazemos com o que resta? Eu quero fazer muita coisa, por mim e por quem há-de vir, porque tu não passas, e passas bem, de um encontro estranho, fugaz e alicerçado em falsas esperanças que ambos fomos criando, para que no fim o tudo fosse nada. Só te queria ter amado...mais.