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Saturday, May 22, 2004

Não sei porque é que ainda não te esqueci, porque´e que fazes parte das minhas memórias como se ainda nada te tivesse superado, como se isso fosse impossível.Depois de ti, foi muito difícil voltar a ver a realidade com os olhos de uma criança a quem lhe tinham tirado o mundo e enfrentar tudo outra vez, mas desta vez sozinho. Entreguei-me a quem pude e a quem ainda não esqueci, mas ninguém me agarrou, porque ninguém me amou. Apenas consumiram o meu corpo, como se eu apenas fosse carnal e nunca algo de sentimental.
Hoje, desisti de encontrar alguém perfeito com quem cometesse todas aquelas loucuras com as quais sonho en~quanto estudo. Acabaram-se as tentativas frustradas de tentar encontrar alguém, porque eu sei, eu sinto, que quando chegar o momento eu vou saber reconhecê-la por detrás do manto de ignorância de quem me rodeia e no qual me tentam mergulhar.
O sol pode ter desaparecido, mas a luz que brilha em mim e me guia ainda não se apagou. continuará ligada e aberta para todos aqueles que queiram e gostem de sentir a vida, mesmo quando ela não existe. Eu vou estar cá, sempre e quem gostar de mim, sabe onde me encontrar, entre uma música da Nelly e um episódio de 7 palmos de terra. Estou em constante mutação e embora isto pareça um paradoxo, nunca mudo. Não há realidade por detrás do sonho, certo?

Tuesday, May 18, 2004

Corro, fujo, não tenho razões para estar triste. Estar triste porquê? Porque as pessoas que estão à minha volta não se entendem?Porque a nElly Furtado não tem o sucesso que merecia?Porque não amei quem devia?
Mas não consigo estar triste e por isso corro e fujo, sempre, outra vez, porque sei que te tenho a ti, a ti e a ti, sempre à minha volta, sempre à minha espera..tive a sorte de ter encontrado muita gente. Gente boa e gente má. A boa continua comigo e continuará sempre e para sempre. A má não existe mais. São apenas partículas de uma ilusão que nunca teve alicerces, nem realidade. São móveis de uma casa, cobertos pelo pó, efémeros como os poemas de Eugénio de Andrade, mas nunca esquecidos, para que o futuro se advinhe risonho, porque a lição nunca é totalmente aprendida, mas nunca é esquecida.
Não tenho nada para escrever porque só me vem a inspiração quando me sinto deprimido o suficiente para guardar tudo para um teclado e um ecrã. Simplesmente porque ele não fala, não sente e quando se comete algum erro, apaga-se facilmente. Que não se apague a minha alegria, tão facilmente, Cause this life is to short to live it just for u.

Sunday, May 16, 2004

Tu que vagueias de noite sem rumo ou direcção, que marchas contra o tempo sem nunca olhares para trás, que és forte e me prometes um lugar entre a corrente que tenta arrastar-me, que me protege de todos e apenas de aqueles que me tentam afogar com palavras ditas à pressa e risos despercebidos e inúteis.
Dizem que não posso empregar adjectivos às palavras, dizem que implemento conceitos, dizem muita coisa. O teclado corre por cima da minha mente, que se arrasta já a altas horas.
Lá fora tudo brilha. Há uma beta que acaba de dar o primeiro beijo de muitos, no gajo pelo qual chora todas as noites e que ainda a vai tesrpassar com uma qualquer, muitas vezes, só para que ela continue a ter motivo parar chorar, há um homem que veste um vestido vermelho e quando as luzes brilham já é a Madonna e sente-se ali mesmo concretizada, porque a felicidade é passageira e ele sabe-o, por isso dança, para trás e para a frente, "Just Like a Vigin", sempre na esperança de ser reconhecido e não conhecido ao ponto de o filho o ver na capa de uma dessas revistas com pouca tiragem e que ninguém compra, com uma cabeleira loira. Hà ainda uma mãe. Uma qualquer que ri, satisfeita, a ver o "Chocolate Com Pimenta", enquanto o filho acalma a sua dor com o chizato das aulas de Educação Visual.
Tu que não te apercebes disto e de me dás a mão quando o absinto já sente por mim, que grita comigo apenas porque sou parvo o suficiente para acreditar que toda a gente consegue ser boa, que me abres o coração quando eu acredito que todos merecemos uma hipótese, tu que gostas do que eu sou e não do que tento ser, tu que me sentes e não me deixas ficar para trás, mesmo quando digo que quero e fujo.
Não me percas. Leva-me contigo e faz-me continuar a ser mais e sempre melhor, a teu lado, para que possa ser também e por várias vezes, Cavaleiro Andante e não olhar para trás e recordar todas aquelas coisas más.
Tu que não conheces a prodidão da vida, que bebes como se fosse a primeira da última gota, que me ouve quando já a minha alma pede para me calar, que me sente e não me mente, que fica comigo e enfrenta tudo e de vez em quando tdos, apenas por mim, não me percas. Faz-me acreditar que as hipóteses são pa todas e pa nenhuns e que eu ainda faço parte do todos, faz-me buscar o melhor de mim para que eu possa ver o melhor de ti, faz-me cantar todas as manhãs quando apenas quiser ouvir o barulho pleno do motor do Fiat Uno a chegar, reparar naquele riso hipócrita algures no Bar e na professora que nos julga mimados apenas porque andou numa Universidade Estatal.
Tu que vives muitas vezes para mim, que jantas em minha casa, que já partilhou comigo o mesmo acordar, vezes sem conta, que me abraça quando tudo vai correr bem e me impede quando tudo corre mal. Que me alimenta a espeança do amor impossível, da vida impossível, do choro impossível, nesta vida impossível, não me percas, porque eu não largarei a mão, poderei apenas dar a outra mão a alguém que ma estenda, também, mas ficarás sempre aqui, do meu lado esquerdo, que é onde ficam todos aqueles que me desiludiram, mas souberam continuar a desiludir-me com uma nova gargalhada, com um novo abraço, com um novo aviso, com um novo olhar.
Dizem que a escrita revela tudo aquilo que sentimos.Eu digo que apenas revela parte de mim, porque a outra, ainda nem eu a descobri, mas sei que existe, algures. O meu texto dá voltas, fix--se em todos os pontos, sem se centrar num único aspecto, porque a vida não é, nem pode ser simplista. O teclado, afinal é lento, o corpo só quer dançaqr, a mente só quer descansar.
tu que vagueias por aí, sem nunca te esqueceres, entras em casa porque te dei a chave que nunca te pertenceu, que me impedes de romantizar a vida, porque ela é negra e preversa, que vasculhas no meu frigorífico e nas minha s torrradas, cura para a tua fome de amor, tu que me queres na cama a recitar poemas e a cantar uma música qualquer Nelly Furtado, tu que me levas a passear e me fazes esquecer que o vento corta a minha mão, tu que não tens vergonha de seres o que és, apenas porque eu sou o que posso ser. Tu que te preocupas e me ofereces protecção para todas as doenças, ou quase todas e em buscas em todas as caras um novo TU!
Sim, tu que me ajudas, que me dizes quando erro, e por vezes quando acerto, que me trazes presentes do Brasil e me deixas sozinho numa dessas noites da queima e fazes com que leve tesouradas apenas por olhar para ti. Tu que estás aqui e aqui ficarás, nunca me percas, porque eu nunca te perdi e jamais o conseguirei fazer.*