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Wednesday, January 18, 2006

22/01/2006

Existem pessoas que muito para além de se destacarem, criam sensações e tumultuam de uma maneira amplificadora a nossa perspectiva de certos e determinados aspectos. Manuel Alegre, por ter conseguido ser uma personagem reconciliadora nesse tão fumarento mundo político, onde se travam lutas sempre por debaixo da mesa, merece o meu profundo crédito.

Chamem-lhe escritor, poeta, revolucionário, ou simplesmente político, mas tudo acabará por ser impreciso. Afinal, o que pretende um candidato a Presidente da República quando faz valer o vocalista dos Da Weasel como Mandatário para a Juventude? É irrefutável que as ideologias e ideias de Manuel Alegre sempre caíram mal, mesmo dentro do seu partido, que sempre foi visto com algum desmerecimento por honrar e nunca adulterar valores mui nobres como o da amizade. Sejamos ou não de esquerda, Manuel Alegre é o único candidato capaz de retomar o passo a este andamento burocrático a que o país se submete diariamente e o único capaz de fazer frente aos fundadores da democracia e das suas bases que vigoram agora em Portugal.
Cavaco Silva e Mário Soares não fazem mais do que retomar os seus postos, as velhas guardas, a velha glória do povo ignorante que ainda não perguntou a Cavaco Silva para onde foram os milhares de contos que entraram aquando a sua tomada de posse como Primeiro-Ministro ou a Mário Soares que sempre foi um combatente do regime fascista, mas salvo raras vezes, do outro lado do mundo, sem que por isso tivesse experiênciado os verdadeiros tormentos que tanto diz ser contra.
Dia 22 – se não estou em erro – temos todos um pouco a oportunidade de dar um pequeno abanão neste cada vez mais inglorioso país e expulsar qualquer convicção de que quem cimentou as bases para tanta crise, volte com as suas velhas ideias a ver a Praça da Alegria num asilo de luxo qualquer. Talvez este exemplo se indique mais a Mário Soares, que de tão velho e senil que está, acabou por se esquecer quem foi o sempre amigo que lhe prestou apoio nas mais variadíssimas formas e acções.

Por último, é de registar que Manuel Alegre, para além de pessoa culta e informada dos valores vigentes europeus, associou-se a caras novas da cultura, da música e da literatura, numa busca por uma nova forma de governar Portugal, enfim o que precisamos. E vamos lá esquecer o “populismo” de Louçã.O senhor sabe evidentemente falar, mas nunca conseguirá mais do que fidelizar votos.