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Saturday, July 03, 2004

"Apetecia-me um Gelado", apetecia-me tanto um gelado, fugir contigo e nunca mais ter de te enfrentar naqueles sonhos que tantas vezes não são saudáveis, apenas porque tu apareces. Mas hoje só me apetece um gelado, frio, cremoso, repleto de calorias e de todas aquelas pequenas coisas que nos fazem mal, apenas porque sabem bem.
Hoje não me quero preocupar com o exame que ainda há-de vir, se os meus pais vão descobrir, se já sabem, se saberão o mundo que criei no meio da minha ilusão e desejo, se alguém é injusto ou arrogante comigo, ou se sempre conseguirei fazer alguma coisa pelo Mundo, como tantas vezes sonho.
Só isso. Só me apetecia sentar no sofá,e amar-me, a mim e ao gelado, ser egoísta e não partilhar com ninguém, ouvir uma música da ou da Nelly e deixar-me adormecer por todas aquelas pessoas que confiam e gostam de mim. E cada vez me surpreendo mais, tantas vezes pela negativa, outras pela positiva. São menos, mas são tão mais importantes. De repente alguma coisa boa acontece, somos premiados, glorificados e reconhecidos e de repente todo aquele esforço merece algum sentido, rumo ou destino.
Hoje foi um dia daqueles, surpreendesnte, em que acordamos com a maior dor de cabeça da nossa vida, porque o licor de xinês e o Baileys da noite anterior não foi devidamente absorvido e continua a dar sinal de vida, no sangue. E de repente tudo muda, tudo se inverte, a apatia dá lugar a alegria, esse nobre sentimento que nem todos conseguem sentir, que nem todos querem sentir. E acontece. A dor de cabeça já não existe, sentimo-nos bem, iguais, próprios, seguros e confiantes das nossas potencialidades, sentimo-nos parte de um grupo, de um todo. E sabe tão bem! A surpresa, a emoção, as palmas, os abraços, os sorrisos, as palavras, os gestos...
È tão bom sentirmo-nos bem com o q somos, com o que conseguimos ser, sabe tão gostarmos de viver, sabe tao bem a vida ter algum significado e rendimento, talvez compensação. Sabe tão bem sorrir, só sorrir.
Um gelado agora calharia bem, com muito chocolate, porque sou naturalmente guloso...porque estou feliz, muito! DEviamos ser todos felizes, deviamos fazer todos, os outros felizes, deviamos aprender a aprender a ser felizes. Deixar as tristezas, complicações e angústias de lado e ser de novo e sempre criança, grande ou pequena, não é importante. Ver as estrelas, apreciar a natureza, ouvir o mar confidente, dar um abraço aquele nosso amigo que sofre por dentro porque a namorada por quem fez tudo, o largou por outro, na pior altura, no pior momento. Vamos correr, e beber daquele sol que sorri apenas para nós e lembrar que as aulas só começam de novo em Setembro, perder-nos na noite e fazer discursos encorajadores e positivos.Vamo-nos largar de preconceitos e imaginar que somos perfeitos e dar a mão a toda a gente, vamo-nos respeitar, vamos fazer o que toda a gent quiser, sorrindo, amando, pisando todas as adversidades da vida, Vamos construi textos imaginativos plenos de resistÊnica À depressão e ouvir a Natalie a cantar "Butterflies, cut the stomach outand hand it over, butterflies, my heart will be the bridge that you walk over".
Afinal, Não queremos todos o mesmo?

Tuesday, June 29, 2004

Que luz, que infíma música a embalar-me no desassossego dos meus sonhos que nunca se tornarão realidade. Apago o rádio, apago a luz, apago-me a mim. Tudo o resto é ´pó, tudo o resto sâo fronteiras entre mim e os outros que ainda não percebi se devem ser quebradas. O maor continua a guiar-me, através do sol, do azul, das tuas músicas sem sentido, da luz que me alcança e se apodera de mim, como se não eu fosse nada nem ninguém, alma solitária que nunca deixei de conseguir ser. Em breve completo mais uma etapa, em breve caio, levanto-me, subo e desço, mais um sentimento, uma vida, um sorriso, quem sabe o teu, perdido algures entre o egoísmo com que não te dás e as noites fugazes em que encontras cura para a tua incapacidade de sentires e seres sentida.
Escrevo para ti e escrevo para ti, como se nunca te tivesse conhecido, como se a tua Estrela nunca me tivesse guiado, embrerenhado neste sentimento que me continuam a dizer que é bonito e vale a pena ser vivido. Lá fora, espera-me um mundo que enfrento, com cautela, medo e observação, com um sorriso na alma que me denuncia, com um peso nas costas. Vivo porque tenho de viver, sobrevivo, porque arranjo forças, por aí, em alguém que giosta de mim e não se importa se as casas que desenho são grandes, pequenas, que não se importa se gosto de molhar a bolacha no leite ou rir ou cantar ou ser teu logo pela manhã.
A História é simples, a História é banal, a minha estória +e verdadeira, porque não me liberto dela. poruqe nunca te tive, entre mim, nos meus braços, entre o meu peito, sem os risos dos incautos, sem a inveja dos que se olham ao espelho e não veêm metade do que sonham. E que serei eu no meio deste círculo que não gira, que não permanece, que apenas se absorve na esperança de vibrar, de contentamento, de amor.
Queria ser sempre teu e tu minha, pegar na minha mota e fazer contigo o que ninguém ,nem tu, fizeram comigo, mergulhar no teu sangue, afogar-me nos teus olhos, mentir-te bem alto. Queria ser luz, tua. Fogo, teu. Amor, só amor. Conhecê-lo, cheirá-lo, vê-lo, falar-lhe todas as manhãs, amar-te.
Que luz, que infíma luz , que me arrasa, me acende e me apaga, para no fim me deixar só, vagabundo. Queria ser vagabundo contigo, dar-te a mão e nunca te perder, viver e adormecer, assim, pequeno e frágil, por entre os meus arco-íris de infância. Queria ser teu, queria tanto ser teu...Lembro-me de todas as vezes em que te perdi e fugi, de ti,assim, loira, ruiva, morena entre uma saia da moda e um cigarro de uma marca qualquer.
Ao pé de ti, nada era romântico, bonito ou supérfulo. A vida era rasteira, fria, fácil e desprovida, de tudo e de todos. Não era mentira, era tudo ali ao prazer da carne, do sexo, da cama e da penetração, fugaz, limpa, como se os nossos corpos não se pudessem destruir e eu fosse ali, naquele momento, cinco vezes mais do que quando te amaei, numa praia qualquer, a minha Praia, ao som de uma qualquewr música irritante. E eu ia ao som dela, de ti, "ès o rapaz que nasceu entre a minha estrela", cantavas-me, e era eu que te percorria, com as mãos, com prazer, com o coração, com os olhos. Vazios, por nunca mais te terem visto, felizes por não se cegarem com a imagem da tua memória, amantes de tudo o que tenha o teu toque, fugaz e impávido.
Escrevo para que tu ninca voltes, sem eu tar acordado, levar-te para a cama e nunca mais acordar, sem ti, sem mim. Para que a fala assuma o seu papel com coragem, neste mundo de "competências e técnicas", onde tudo parece fácil demais, e Às vezes até é.

Miguel Praia