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Saturday, February 21, 2004

Passados alguns dias, olho para trás e contemplo a insensatez das minhas acções. Aquela insensatez digna de um adolescente meio perdido que acha que encontrou o caminho que tanto buscava, rodeado por uma sociedade esquizofrénica.
Lembro-me de tudo. Das palavras apaixonadas, do mediatismo inopurtuno, das mãos dadas e dos momentos mais ao menos intímos. Lembro-me inclusive de me teres dito que amavas o meu ser e tudo que nele residia e de repente, puff, não me dizeres nada durante cinco dias. Acabas-te por dizer, e como menina do século 21 que és, acabas-te por me dizer algo através das novas tecnologias. Bem, se ser mandado para trás , quando nada indica, já é mau, se não saber nada de ti durante alguns penosos dias, já é muito mau,então levar um corte via sms...é suficiente mau para te ganhar um sentimento adverso muito grande.Porquê? Porque significa que tavas a cagar para mim,mostra que não tens qualquer respeito pela pessoa que sou, já para não falar que não sentias metade do que dizias e que me fizeste mergulhar num sonho do qual me custou muito a acordar. Acabo por achar que fui usado. Mostras-te a meio mundo que eras suficientemente boa para andar comigo e depois do facto consumado mandas-me passear. Magoas-te duas pessoas que gostavam de ti e nem te importaste com isso.Nunca mais te vi, mas também não tenho grande vontade de te ver. Se já te achava suficientemente mimada, agora acho-te suficientemente imatura porque nem tiveste a coragem de vir falar comigo,admitir à minha frente o que tinhas feito e como tinhas errado.Se calhar não achas que erras-te...Mas estás sozinha e no fim, estarás ainda mais sozinha.Se as pessoas que te conhecem já não gostavam de ti, agora é que não acho que haja volta a dar.E tu mereces.Podes não admitir, mas tu mereces.Só espero que não te arrependas, porque se te arrependeres... bem, acredita que eu não vou estar aqui.Uma é vez é suficiente para aprender o que tinha para aprender.
Confesso que vou ter saudades. Não de ti, mas da tua família. Da tua mãe, pessoa fantástica, da tua irmã sempre excelente comigo ao contrário da imagem que me transmitias e mesmo do imberbe do teu irmão, adolescente também perdido, fruto de uma família desintegrada.
O que me mete mais ...nojo, sim é esta a palavra certa, foi termos passeado em frente a toda a escola de mão dada como se fossemos o par ideal e andássemos há meia dúzia de anos. Até hoje ainda não percebi porque fizemos isso, ou talvez saiba e não queira saber. A verdade nem sempre é saudável.
Este será o último dos meus textos dedicados à tua pessoa. Após ler o que já escrevi, sinto-me tão parvo como quando tinha 7 anos e escrevia cartas de amor à minha namorada de infância.É a última, como se tu merecesses a primeira...

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