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Sunday, March 21, 2004

Apago tudo e volto a escrever. Já há algum tempo que é assim. Mando f* o criador do vírus que infectou o meu objecto de culto e amigo nas horas vagas, onde me mergulho na solidão do meu quarto e por onde passeio por mundos que de outra maneira não teria acesso. Grito com o computador, grito comigo e grito com quem me ouvir. Enquanto metade do mundo se encolhe perante a eminência de uma guerra, eu debato-me entre conceitos que introduzi em mim mesmo. Ninguém os conhece, ninguém os pratica e enfurece-me esta minha mania de achar que sou mais do que os outros. Porquê preocupar-me com alguém que nem sequer conheço?
Mas eu preocupo-me e tento mandar-te embora. O meu corpo diz que não consegue sobreviver sem o teu xeiro, mas a minha consciência não pára e tento mandar-te embora. Prometo a mim próprio que vai ser amanhã, mas amanhã, sabes bem, é sempre longe demais...Enumero as razões para não te ter, dizer-te que não posso, que não podes, que não podemos. Enquanto isso, subo e desço as escadas do meu desespero, interno e muitas vezes externo. Penso e só penso nisto. Penso e só penso em ti.
Afinal um adolescente não vive só para o momento.
A vida devia ser fácil, deviamos poder brincar com ela e modá-la à imagem que sempre pretendemos, conseguir apagar a memória perdida e ter tempo para fugir do sofrimento que tanto nos persegue. è uma luta de valores e é minha, aqui neste momento que é só meu e do qual eu não consigo sair, fugir.Quem me dera que as coisas fossem mais fáceis. Quem me dera, simplesmente, ter-te.

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