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Friday, March 05, 2004

Preciso de paz. Percorro este caminho, um bocado sem rumo à espera que o destino me traga aquilo de que eu tanto preciso. Só o tempo o dirá. Quando se acaba magoado por alguém, leva tempo a que o nosso corpo e a nossa mente se unam novamente para juntos se tornarem mais do que um ser mutilado. E cada dia é uma busca. Pelo caminho, tropeça-se, cometem-se erros, mais ao menos graves em nome de uma adolescência que se quer livre. Afinal de que serve tudo isto? Entre uma pringle e um copo de coca-cola os pensamentos acabam por fluír e o coração cansado de uma luta angustiante pela procura da razão de bater acaba por repousar.
Só queria alcançar aquela paz de alma que nos permite ficar imunes a todas aquelas coisas que normalmente nos afectariam. Para isso mergulho-me nas canções mais aa menos depressivas e nos filmes que retratam aquelas histórias, seja de amor ou de terror, que eu não consigo viver.Às vezes dá vontade de largar tudo. È tanta a pressão e tanto o medo de falhar...Horas a tentar moderar a dicção, a melhorar a imagem, a tentar ser aquilo que nem sempre é suposto ser. E o sol que não vem e o rumo que está perdido. Não consigo fugir deste estado. Quando nos sentimos mutilados por dentro e por fora, o que é suposto fazer? Erguer a cabeça e continuar em frente, ou cair no esquecimento da nossa prórpia solidão? Onde está aquela luz que nos deveria guiar, a fim de nos levar a um lugar mais seguro, onde o amor nao seria mais um lugar estranho? È tarde e por isso talvez o pensamento não coincida com a fluidez da escrita, mas também não há grande sono, porque sonhar nem sempre é agradável.
Preciso de paz, para voar por entre os os pilares do meu próprio medo. Talvez me esteja a tornar uma pessoa cinzenta, mas não há grande motivação para percorrer um caminho desgastado por relações ocas e atormentadas. Não existe fim, quando não houve princípio.

Rádio Macau - "Já não sei viver, sem ter de viver".- Acordar

Luis_silva@tvtel.pt

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