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Wednesday, February 04, 2004

«No caminho desta paixão, encontrei a cura para a cegueira no meio da escuridão.»

Acordo e tu não estás. Já ninguém está. Lá fora chove, cá dentro tento mover-me por entre os limites do meu medo. Medo desta paixão avassaladora que não possuo, que não é minha nem nunca foi.
Já percorri tantos caminhos e nenhum deles me levou até ti. Afundei-me no desespero de não te ter, de não te possuir e acabei por morrer dentro deste corpo que dizem bonito.
Continuo alegre, guiado por uma tristeza infinita que nunca abandona os meus olhos. È uma alegria triste, de quem sabe o que quer, mas por não puder ter, vive na completa felicidade de apenas o poder ver.
Não te sinto, mas tu continuas em mim, dentro e fora. Toco-me, procurando vestígios da tua presença impossível. Tu és impossível. Impossível de ter, de tocar, de prender. De prender dentro de mim e só te libertar para mim. Para que me inspires uma felicidade que dominará todo o meu ser e me guiará por entre um caminho mais azul.
Gostava que soubesse que vivo por ti e que só por ti me deixo guiar. Até esse dia, continuarei cego, neste mundo de seres vivos que não procuram a paixão que há em ti, porque continuam a viver na escuridão da sua própria insignificância.

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