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Wednesday, February 04, 2004

Sempre achei que o namoro acabava com grandes paixões, que prendia as pessoas, impunha regras criadas por uma sociedade débil e sem poder de auto-conhecimento e que era um erro, qunado praticado entre grandes amigos. Grandes amigos como nós. Sempre te disse que achava que gostava demais de ti, que às vezes, muitas vezes me senti a mais. O que nunca te disse, é que tive várias vezes ciúmes dos namorados que arranjavas ocasionalmente e que me roubavam o que eu tinha e não queria perder. Tu.
Agora que não te tenho, vejo o mundo totalmente diferente. Pintado de umas cores que julgava eu terem desaparecido. A nova estrela feminina do basket mexe comigo e vejo-me a apreciar novamente raparigas. Enquanto te tive, nada disto acontecia, porque eu tinha-te ali ao meu lado. para sempre, julgava eu.
Agora que não te tenho, os sentimentos que eu havia reprimido por ti, voltam á tona. De repente lembro-me de me ter apetecido beijar-te numa noite qq em que ficamos até altas horas a conversar. Lembro-me de partilhar contigo a tua intimidade de te despires e u conter-me para não olhar para as tuas curvas oscilantes. Fazes-me tremer e apesar de tu axares que não, pões-me confuso, até porque eu nunca julguei, ou imaginei, que tu sentisses alguma coisa tão forte como eu por ti. Não percebi. Achei que a nossa amizade era tão grande, que fazia com que os outros não percebessem e tentassem fazer com que ela acabasse inventando boatos de um suposto namoro.
Muita gente me disse, que tu eras apaixonada por mim. Nunca acreditei. Nunca quis acreditar. Perferi ficar na cobardia de não tentar ser ainda mais feliz, se é que é possível, do que fui a teu lado. È amor, é o paixão, é o que tu quiseres, mas é algo de muito forte, tão forte que me faz chorar sempre que penso em ti, que recordo o passado e imagino o que poderiamos ter sido. Se calhar foi melhor assim, porque hoje, apenas recordamos os bons momentos, se calhar não...
È pena é só me ter assumido os meus sentimentos agora, mas agora também há pouco a fazer e não podemos esquecer o teu beto. È que sem ele, se calhar não tinhamos sido sinceros como fomos hoje.
Disseste-me coisas que me tocaram tanto hoje...«és tudo para mim, és o meu ideal, o meu beto não é metade de ti» e tantas outras coisas e eu sem saber o que fazer. Se te beijar ali naquele momento e dar razão ao teu beto, que eu era um fingido e as minhas dúvidas eram só uma maneira de te alcançar ou deixar tudo como es´tava e tentar voltar ao que já fomos. namorados. Sim porque nós fomos namorados. Nós tinhamos brigas de namorados, nós tinhamos amor de namorados, nós tinhamos tudo, excepto a parte física e custa-me quando tu dizes que era em comigo que sonhavas todas as noites...porque devo-te ter feito sofrer tanto. Agora tudo faz sentido para mim e andamos os dois completamente iquivocados acerca um do outro. è tanta coisa para descrever, tantos sentimentos perdidos na minha alma, tanta dor, tanta dúvida e tanto amor. E foi sempre a ti que eu recorri e foi sempre a ti que eu amei.
A minha irmã, acha que nunca ficamos com o nosso grande amor, mas eu já fiquei contigo, já te tive...
Queria pedir-te desculpa, por tudo e por nada...pelo que fiz e pelo que não fiz. Ainda há muita coisa que para dizer, mas o meu corpo já não tem forças para escrever os sentimentso que nele correm.

Já não sei mais nada e pensar que já soube quem fui...

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