The Day After
Por onde começar, quando estamos vazios por dentro? Quando já nada faz sentido, como a Mafalda diz " e se sente perdido", mergulhado na minha prórpia solidão de uma cidade que me acolhe quando lá em cima me magoam tão fortemente e tão profundamente que nem os meus olhos são capazes de reagir ao nascer do sol, uma e outra vez.
Aqui há tempos escrevi um texto, "Amor Imperfeito" que por motivos que são alheios à minha pessoa ,que como já devem saber, não percebe nada destas novas tecnologias, não o consegui publicar ainda, neste espaço cheio de textos incoerentes, muitas vezes melodramáticos, muitas vezes profundos, pedaços de palavras que como a minha Mariana apontava, fragmentados. E sim, concordo plenamente contigo, Mariana. Fragementos, porque a minha vida apenas é composta por eles, cheios de tudo e de nada, como se a vida dependesse de um momento eterno, de um prazer intenso, de um sorriso contido. Hoje, não sei bem se faz alguma lógica publicá-lo, expô-lo e expor-me também a mim. Hoje não sei nada, "The more i grow the less i know". Sei apenas que não é a primeira vez que me olho ao espelho e vejo a mesma imagem reflectida e não pretendo cometer o mesmo erro e fazer desta experiência uma memória perdida, porque ela sempre é encontrada. Dizem que estas coisas não escolhem lugar,situação, corpo, ou música. Eu digo que adorei tudo enquanto foi vivido. Que segui os conselhos das pessoas que fui empatando ao longo da minha vida e entreguei-me com tudo o que tinha e tudo o que fui descobrindo, dentro de mim, através de ti.
Tenho tanta coisa para deitar cá para fora, tanta raiva contida, tanta paixão ressentida, tanto arrependimento hipócrita...Queria-te dizer que tenho saudades dos teus abraços, que o pouco tempo que o calendário contou, não corresponde àquilo que o meu vazio outrora desenhou, desenhar, pela primeira vez desenhar, desenhei um futuro em que eu acreditava, ao teu lado, contigo. As tuas palavras ainda continuam por aqui, dentro de mim a serem revistas para encontrar a razão para que de repente só existisse vazio onde outrora exista...As palavras não hão-de ser suficientes, nunca o são e eu poderia passar horas a comentar o afecto que criei por ti, como me fizeste esquecer o mundo que me rodeava e como eu gostei de o ter esquecido e de ser aquecido pelo teu ciúme matreiro. Este não há-de ser o último texto a falar de ti, porque eu sei que tu não voltas, porque permaneces em mim, aqui dentro, bem lá no fundo. Desta vez não estou a romantizar demasiado as coisas, a torná-las mais perfeitas, mais à imagem do meu sonho, que agora se encontra desfeito. Sei bem que isto não é o fim de nada, mas custa acreditar que entreguei a alma e o corpo, para que no fim só restasse eu, a contar as estrelas, preso numa estrada sem rumo, num caminho sem indicações, num vazio tão profundo que nem eu sei onde possa acabar.
Pois é Mariana, a vida é madrasta, já dizia a outra, prega-nos rasteiras, faz-nos felizes, faz-nos maus, cobardes, inconstantes, graciosos, belos, imperfeitos. Curiosamente um está sempre mergulhado no texto do outro, como se parte da mesma estória fizessem, como se parte do mesmo destino se tornassem. Só me lembro da fotografia que tiras-te e que guardei, à espera de te motrar tudo aquilo que tinha para te dar, à espera que me levasses contigo, como se dependesse de um olhar teu. Foi tão repentino, tão impessoal, tão frio que me levou para um lugar inóspito, que eu já conheci mas que esperei que tivesse desaparecido. Agora torturo-me a pensar em todas as razões para o insucesso, independentemente de ser assim que se escreve. Preciso de arranjar forças, seja em ti Mariana, seja num qualquer dos meus amigos que eu sei que só preciso de pegar no telemóvel que eles hão-de lá estar, assim como eu tive para eles.
Escrevi tanto e mesmo assim não disse nada, porque a alma ainda está magoada e as mãos não são rápidas o suficiente, para descreverem tudo aquilo que vai no coração, sem querer ser dramático de mais.
Antes da tua chegada eu achei que provavelmente não conseguiria gostar realmente de alguém, por todas aquelas razões que quem não sabe desconfia, mas assim que vi o teu olhar, deixei de me sentir, para passar a te perseguir, por entre os meus sonhos em que adormecia em paz, agarrado ao teu peito, onde afogava os meus pequenos tumores de adolescente e partilhava a estória da minha vida, patética, fútil, imperfeita, suja, imensa, rápida, incoerente, fragmentada.
Isto não há-de ser o fim do nada e eu ainda hei-de dar a volta e passar a gostar de alguém, não sei por quem, não sei onde, nem porquê. mas tenho fê e confiança nisso, assim como tive em ti.
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Wednesday, August 18, 2004
Friday, July 30, 2004
Estranha Forma de Ser
Tanta coisa que queria passar para o papel virtual, raiz dos meus sonhos, caminho da minha desilusão, fonte da minha esperança. Tantos sentimentos encobertos, memórias esquecidas, acontecimentos sublimes. Como começar e por onde acabar? Hoje não quero músicas melancólicas que me hão-de transportar para os confins do meu quarto escuro, nem filmes pseudo-urbanos que parecem retratar os nossos problemas, mas nunca apresentam solucções.
" A felicidade é um caminho, nunca um fim". Chorei tanto a ouvir estas palavras, a ver-te a ser feliz, a ver-me a partilhar da tua felicidade, a ver-te simplesmente, por detrás da música da Adriana Calcanhoto, musa inspiradora para quem sofre de insónias, mão embaladora que nunca descansa. E foi a tua mão que me embalou durante todos estes anos. Não sei porque é que não te dediquei um post no meu singelo e tantas vezes ridículo blog e mesmo agora tens de o dividir com outra pessoa que também preenche os meus pensamentos antes de me deitar na cama, a minha cama. Gostava de te dizer que são tantas as vezes em que temo que não sejas feliz, que são tantas as vezes em que sei que não confias ou não queres confiar os teus problemas em mim, porque continuas a achar que sou pequenino e não posso nem preciso de suportar com os teus problemas, como se os das pessoas que me envolvem não fossem já de si suficientes. Estavas inconformávelmente bonita, com o teu sorriso esmagador e objecto de farsa para tantas depressões momêntaneas. Que sejas feliz, comigo ao meu lado, por debaixo da minha lágrima que nunca há-de deixar de te acompanhar, por mais longa que seja a estrada, caminho ou direcção, seja na Maia ou na Índia, o meu Amor por ti jamais terminará.
Isto deveria ser outro texto, mas não é, não consigo, tenho de continuar a escrever, a deitar cá para fora tudo e todos. De vez em quando temos amigos que passam por situações arrepiantes, pelas quais nunca queremos passar, muito menos que alguém de quem gostamos passe. E é aí que descobrimos o quão pequenos somos, porque não conseguimos evitar ou resolver qualquer acontecimento. Tudo está para além de nós, tudo nos supera. Tenho uma amiga que não está na sua melhor fase, que é alguém que prezo e admiro muito, que estimo, que adoro. Com ela passei todas aquelas coisas que tentamos evitar, todas aquelas coisas que nos deitam abaixo, todas aquelas coisas más e encantadoras que só nos tornam mais fortes. Esta é a minha maneira de te prestar apoio, de dizer que gosto muito de ti e de apesar de haver pouca coisa que possa fazer por ti, o meu ombro nunca te faltará, apesar de, e isto é um aparte para cortar o drama, o teu primo ter o mesmo feitio desconfiado que tu tens e insistes ter :P.
Bem, e agora em jeito de despedida, chegas tu. Já te disse tanto hoje e já ouvi tanto, também...A única coisa que gostaria de te ter feito e lutei sempre para que isso não acontecesse, era que te magoasse, porque sei que tantas e tantas vezes eu não me consigo entregar, que tenho medo de cair como tantas vezes caí, que tenho medo de muita coisa e incompreensívelmente esse medo é o que me fará sempre avançar em busca de algo melhor e sublime. Talvz tenha chegado o momento em que tenho de parar, em que tenho de me concentrar, porque eu gosto de ti, e isso é facto mais do que consumado, mas até onde é que eu sou capaz de ir por ti? Por mim e pelo meu coração agarrava em ti, cagava para o que toda a gente pudesse pensar, e partia, para bem longe, por entre os lençois e o carinho apertado. Mas a razão, devido a tudo e a todos, assume um papel marcante, importante. Eu não me quero prender, deixar de voar e sentir-me livre como sempre gostei de ser, mas também não te quero perder para um eu que se dá mais aos outros do que a si próprio. É que tu realmente tens muitas coisas boas. Eu posso tentar, eu vou tentar, não mudar, mas sim aperfeiçoar esta estranha forma de gostar. Gostava de construir o meu caminho contigo, é isso o que sinto, pouco a pouco, com força, com coragem, tentando apagar aquilo que existe de errado comigo, para que tudo o que eu tenha de bom possa vir ao de cima e sorrir, enfim. A verdade também é só uma, eu sou como sou, umas vezes gosto mais de ser assim do que de outras, haverá sempre quem me amará por ser assim, haverá sempre que me odiará pelo mesmo facto. Não posso mudar as pessoas, nem tão pouco mudar esta estranha forma de ser que me faz chorar nos momentos mais incompreendidos e magoar que gosto, por sinal, muito e até não merecia. Eu gosto de ti da maneira que és, da maneira que falas, da maneira que ages, da maneira que me tratas e tou certo que com o tempo acabarás por me aceitar, implicando isso algo mais forte e próximo, ou não. Haja coragem, haja mimo, haja confiança, haja paixão, haja bom senso.
Sexta, nao esta, mas a anterior, lol julho 2004
Tanta coisa que queria passar para o papel virtual, raiz dos meus sonhos, caminho da minha desilusão, fonte da minha esperança. Tantos sentimentos encobertos, memórias esquecidas, acontecimentos sublimes. Como começar e por onde acabar? Hoje não quero músicas melancólicas que me hão-de transportar para os confins do meu quarto escuro, nem filmes pseudo-urbanos que parecem retratar os nossos problemas, mas nunca apresentam solucções.
" A felicidade é um caminho, nunca um fim". Chorei tanto a ouvir estas palavras, a ver-te a ser feliz, a ver-me a partilhar da tua felicidade, a ver-te simplesmente, por detrás da música da Adriana Calcanhoto, musa inspiradora para quem sofre de insónias, mão embaladora que nunca descansa. E foi a tua mão que me embalou durante todos estes anos. Não sei porque é que não te dediquei um post no meu singelo e tantas vezes ridículo blog e mesmo agora tens de o dividir com outra pessoa que também preenche os meus pensamentos antes de me deitar na cama, a minha cama. Gostava de te dizer que são tantas as vezes em que temo que não sejas feliz, que são tantas as vezes em que sei que não confias ou não queres confiar os teus problemas em mim, porque continuas a achar que sou pequenino e não posso nem preciso de suportar com os teus problemas, como se os das pessoas que me envolvem não fossem já de si suficientes. Estavas inconformávelmente bonita, com o teu sorriso esmagador e objecto de farsa para tantas depressões momêntaneas. Que sejas feliz, comigo ao meu lado, por debaixo da minha lágrima que nunca há-de deixar de te acompanhar, por mais longa que seja a estrada, caminho ou direcção, seja na Maia ou na Índia, o meu Amor por ti jamais terminará.
Isto deveria ser outro texto, mas não é, não consigo, tenho de continuar a escrever, a deitar cá para fora tudo e todos. De vez em quando temos amigos que passam por situações arrepiantes, pelas quais nunca queremos passar, muito menos que alguém de quem gostamos passe. E é aí que descobrimos o quão pequenos somos, porque não conseguimos evitar ou resolver qualquer acontecimento. Tudo está para além de nós, tudo nos supera. Tenho uma amiga que não está na sua melhor fase, que é alguém que prezo e admiro muito, que estimo, que adoro. Com ela passei todas aquelas coisas que tentamos evitar, todas aquelas coisas que nos deitam abaixo, todas aquelas coisas más e encantadoras que só nos tornam mais fortes. Esta é a minha maneira de te prestar apoio, de dizer que gosto muito de ti e de apesar de haver pouca coisa que possa fazer por ti, o meu ombro nunca te faltará, apesar de, e isto é um aparte para cortar o drama, o teu primo ter o mesmo feitio desconfiado que tu tens e insistes ter :P.
Bem, e agora em jeito de despedida, chegas tu. Já te disse tanto hoje e já ouvi tanto, também...A única coisa que gostaria de te ter feito e lutei sempre para que isso não acontecesse, era que te magoasse, porque sei que tantas e tantas vezes eu não me consigo entregar, que tenho medo de cair como tantas vezes caí, que tenho medo de muita coisa e incompreensívelmente esse medo é o que me fará sempre avançar em busca de algo melhor e sublime. Talvz tenha chegado o momento em que tenho de parar, em que tenho de me concentrar, porque eu gosto de ti, e isso é facto mais do que consumado, mas até onde é que eu sou capaz de ir por ti? Por mim e pelo meu coração agarrava em ti, cagava para o que toda a gente pudesse pensar, e partia, para bem longe, por entre os lençois e o carinho apertado. Mas a razão, devido a tudo e a todos, assume um papel marcante, importante. Eu não me quero prender, deixar de voar e sentir-me livre como sempre gostei de ser, mas também não te quero perder para um eu que se dá mais aos outros do que a si próprio. É que tu realmente tens muitas coisas boas. Eu posso tentar, eu vou tentar, não mudar, mas sim aperfeiçoar esta estranha forma de gostar. Gostava de construir o meu caminho contigo, é isso o que sinto, pouco a pouco, com força, com coragem, tentando apagar aquilo que existe de errado comigo, para que tudo o que eu tenha de bom possa vir ao de cima e sorrir, enfim. A verdade também é só uma, eu sou como sou, umas vezes gosto mais de ser assim do que de outras, haverá sempre quem me amará por ser assim, haverá sempre que me odiará pelo mesmo facto. Não posso mudar as pessoas, nem tão pouco mudar esta estranha forma de ser que me faz chorar nos momentos mais incompreendidos e magoar que gosto, por sinal, muito e até não merecia. Eu gosto de ti da maneira que és, da maneira que falas, da maneira que ages, da maneira que me tratas e tou certo que com o tempo acabarás por me aceitar, implicando isso algo mais forte e próximo, ou não. Haja coragem, haja mimo, haja confiança, haja paixão, haja bom senso.
Sexta, nao esta, mas a anterior, lol julho 2004
Sunday, July 18, 2004
Ar
Não te quero dizer nada acerca de ti, acerca de mim, acerca de nós. Só me queria entregar por completo a ti, aqui, neste momento, por mais de um segundo. O teclado não é meu, já nada me pertence, nem o corpo vasculhado, nem a alma conpurscada. Olho para o lado e há sempre alguém que segue os meus passos que me tenta controlar, tornar mais pequeno, mais controlado, mais impremeável. Há sempre alguém que me pressiona, pressiona, pressiona até eu desistir e a força cair.
Que não sou de ñinguém, que nunca hei-de ser, mas que não me tentem prender, porque eu quero ser sempre estrela que não pára, praia nunca conquistada, ser inocente e seguro, com um copo de Vodka e um sorriso como cartão de visita.
E o telefone que não pára, que me tira o sono, que me mata. "onde estás?", nunca um "como tás?", nunca um interesse comigo, mas um interesse em mim. E preco-me entre escritos e pensamentos inúteis, mensagens poéticas e sentimentos arrancados sabe-se lá de onde.
Vou para onde me levam, discuto, argumento, perco. E de repente encontro espaço, lugar, ar, para encontrar alguém que eu sinto que sempre conheci. E se não vivemos todos para sentir alguma coisa, seja ela amor ou raiva, razão perdida algures entre o nosso mártir S. Sebastião, então não temos propósito e somos apenas mais um ser arquitectado para o nada, para o fundo, par o medo. E medo corroi-nos, torna-nos fracos, arrasa-nos e deixa-nos perdidos no escuro do noss quarto, à noite quando os nosss fantasmas não nos deixam dormir e tudo parece fluir.
Tudo se parece como uma bomba que nunca chega a explodir, um barulho que não cessa, um texto sem alma.
Parece-nos tudo tão bom do outro lado, sempre melhor, sempre maior. Nunca nos contentmos com o que temos, com o que sentimos, com o que queremos, que quando nos damos conta já nada queremos, já nada sentimos, já nada temos. Eu queria ter-te a ti, que moras em parte indefinida da minha razão, que me tornas seguro, que me afugentas õs receios e me deixas absorvido nas saudades de quem nunca conheci na totalidade. Será falta, será carência, será algo de mais forte.
As pessoas hão-de sempre por entraves, dizer que está errado, que eu sempre hei-de merecer melhor, que eu sempre terei melhor, que nunca o mereci, que sou falso e não respeito ninguém, que afinal sou uma farsa de mim próprio, no fundo, apenas por que não as escolhi. Desta vez não quero aprovações, considerações ou conceitos. Quero ar, espaço, confiança. Quero poder mandar na minha vida, sem que ninguém me impeça, escolher a cor da minha t-shirt sem que ninguém me julgue, amar os castelos perdidos do verão passado, vender um sorriso atrás da barraquinha do artesanato.
Hei-de sempre desiludir muita gente, enganar, amar e quem continuar a gostar, há-de ficar. Quem me respeitar, quem me deixar respirar, algures entre Èvora e a estação de S. Bento.
Não é um recado dirigido somente a ti, que lÊs e não percebes a volta dos meus textos nem o porquê de não te amar, nem a ti que me enches de perguntas como se a vida já não fosse ela a própria incógnita, como se tudo tivesse resposta, como se eu tivesse todas as respostas. È dirigido, mais uma vez, a todos que gostam de mim, pelo que eu sou, pelo que eu mostro e por aquilo que eles conhecem e mostram conhecer. O resto são esquissos, riscos de pessoas que não interessam, que me tentam, mas a quem nunca há-de ser dada uma hipótese, simplesmente...porque nem eu o sei explicar, nem preciso, ninguém precisa. Nem tu, nem eu, como viemos parar, como iremos acabar ou sequer começar que é sempre o mais complicado. Apenas sei que gostava de ser muito feliz contigo e que o medo, esse continua cá sempre, mas sempre decrescendo, porque eu sei e tenho plena consciência que tudo o que fiz, pode não ter sido bem feito, mas foi tudo sentido e isto há-de ser para ti e tu saberás quem és, que não me sinto culpado por nada que te tenha feito, porque agora eu tenho a certeza que nunca te quis e se alguém me disse que era preciso deixar os fantasmas do passado para trás, tu já para lá foste, há algum tempo.
Tuesday, July 13, 2004
Afinal porque é que se chora? Porque é que choro? Apago a luz e tudo estremece à minha volta. "Enfim" disse ela. É engraçado como uma palavra nos pode magoar, sem ser directamente dirigida a nós. Será que soubesse, não a proferia?Perco-me em pensamentos que não pertencem à minha competência, evoco memórias antigas e tento fugir das novas, a todo o custo, ao máximo custo. Já não sei porque choro, já não sei porque de vez em quando me transformo melodramático o suficiente para meter nojo ao mais puritano e inocente dos seres.
"Enfim". E ali fiquei eu, estático, exasperado perante tal comentário que me feriu a alma e me arrasou como se tratasse de algum fenómeno fisicamente mais violento. Há coisas que nunca se esquecem, que nunca devem ser esquecidas, que nunca hão-de ser esquecidas. De facto, o problema é que as pessoas vivem permanentemente a exaltar os defeitos que veêm nos outros, procurando assim ocultar os seus próprios defeitos sem perceberem que isso também faz parte delas, que as torna mais humanas e que faz parte disso, toda a complexidade existente na vida.
A mim, faz-me confusão como é que as pessoas escrevem, nomeiam e constroiem planos, trajectos, esquissos de futuros de vidas que não lhes pertencem na totalidade. Ensinam-nos que o amor é a coisa mais bonita à face da terra e do resto da galáxia, mas é tudo tão castrante à nossa volta, que quando o sentimos e o vivemos, há sempre alguém ou algo que nos impede de o realizarmos e de o tornarmos mais real. Afinal quem pode repreender o coração, marcar-lhe um processo? Quem decide quem devemos amar, de que maneira, em que grau, com que força? È preciso ter muita coragem para amar, seja quem for. È preciso ter coragem para viver, viver o amor, senti-lo sem que isso pareça um pecado, sem que isso faça de nós inumanos, seres carnais e mal-formados, talvez patéticos e infantis. A minha obessessão com o amor não vem de agora, mas nasceu comigo e viaja comigo, independentemente do meu destino ou direcção.
Houve tempos em que tentei evitar o amor, fiz-lhe frente e pensei ter vencido a grande batalha que sempre se advinhou, mas nunca chegou. Cortei com o passado, esquecendo como dizia o outro, que "podemos cortar com o passado, mas o passado não corta connosco". Penso que já escrevi isto, por aí, algures. Depois de o provar, de o saborear e de o perder novamente, tentei sempre encontrá-lo noutro corpo. senti-me corajoso o suficiente para cometer tal patétice inconsciente. Agora que corro sem rumo, vejo-me a enfrentar sozinho os fantasmas que eu teimo em encantar, de dia e de noite, umas vezes ao telefone, outras ao almoço.
Deviamos todos ter o direito de ser felizes, da maneira como queremos e como somos de facto felizes, desde que a nossa liberdade não infrigísse com a liberdade dos outros. Deviamos poder amar sem obstáculos, comodismos, ou preconceitos, tudo e todos, para que o bem podesse passar a ser visto como uma moda e o mundo, sei lá, se transformasse naquele pequeno mundo que todos temos vergonha em admitir que gostariamos de viver, perfeito. Que seja utópico, mas levou tempo até a aceitar esta verdade como facto.
No fundo ela apenas disse "enfim", mas enfim porquê afinal? Desde quando foi-nos dado o direito de julgar os outros apenas porque não gostamos todos de comprar a roupa no mesmo sitio, ou dizer ténis em vez de sapatilhas, ou fumar uns charros em vez de SG Ventil? Como é que nós, seres completamente imperfeitos e arrogantes nos achamos com posse suficiente das nossas capacidades, para nos atrevermos a olhar sequer para o modo de vida do colega que partilha a mesma mesa connosco na aula de Grandes Temas da História da Cultura Portuguesa? Tantas perguntas, para tão poucas respostas. mas eu só queria uma solucção. E vivo assim, com terror de este amor que possa vir a sentir, por alguém que não mereça, por alguém que não contribua para o meu enrequecimento enquanto pessoa, para alguém que não me aceite e seja por fim, aceite.
O link do meu blog faz parte de uma música. Chama-se Shed my skin e tem um refrão, qq coisa como " I don´t mind what people say, no i won´t look back for another day, gonna shed my skin and walk away, walk away, walk away...". Ainda ando à procura desse dia, em que terei tomates o suficiente para cometer tal proeza, na sua totalidade. Será que esse dia chega?
12 de julho 2004
"Enfim". E ali fiquei eu, estático, exasperado perante tal comentário que me feriu a alma e me arrasou como se tratasse de algum fenómeno fisicamente mais violento. Há coisas que nunca se esquecem, que nunca devem ser esquecidas, que nunca hão-de ser esquecidas. De facto, o problema é que as pessoas vivem permanentemente a exaltar os defeitos que veêm nos outros, procurando assim ocultar os seus próprios defeitos sem perceberem que isso também faz parte delas, que as torna mais humanas e que faz parte disso, toda a complexidade existente na vida.
A mim, faz-me confusão como é que as pessoas escrevem, nomeiam e constroiem planos, trajectos, esquissos de futuros de vidas que não lhes pertencem na totalidade. Ensinam-nos que o amor é a coisa mais bonita à face da terra e do resto da galáxia, mas é tudo tão castrante à nossa volta, que quando o sentimos e o vivemos, há sempre alguém ou algo que nos impede de o realizarmos e de o tornarmos mais real. Afinal quem pode repreender o coração, marcar-lhe um processo? Quem decide quem devemos amar, de que maneira, em que grau, com que força? È preciso ter muita coragem para amar, seja quem for. È preciso ter coragem para viver, viver o amor, senti-lo sem que isso pareça um pecado, sem que isso faça de nós inumanos, seres carnais e mal-formados, talvez patéticos e infantis. A minha obessessão com o amor não vem de agora, mas nasceu comigo e viaja comigo, independentemente do meu destino ou direcção.
Houve tempos em que tentei evitar o amor, fiz-lhe frente e pensei ter vencido a grande batalha que sempre se advinhou, mas nunca chegou. Cortei com o passado, esquecendo como dizia o outro, que "podemos cortar com o passado, mas o passado não corta connosco". Penso que já escrevi isto, por aí, algures. Depois de o provar, de o saborear e de o perder novamente, tentei sempre encontrá-lo noutro corpo. senti-me corajoso o suficiente para cometer tal patétice inconsciente. Agora que corro sem rumo, vejo-me a enfrentar sozinho os fantasmas que eu teimo em encantar, de dia e de noite, umas vezes ao telefone, outras ao almoço.
Deviamos todos ter o direito de ser felizes, da maneira como queremos e como somos de facto felizes, desde que a nossa liberdade não infrigísse com a liberdade dos outros. Deviamos poder amar sem obstáculos, comodismos, ou preconceitos, tudo e todos, para que o bem podesse passar a ser visto como uma moda e o mundo, sei lá, se transformasse naquele pequeno mundo que todos temos vergonha em admitir que gostariamos de viver, perfeito. Que seja utópico, mas levou tempo até a aceitar esta verdade como facto.
No fundo ela apenas disse "enfim", mas enfim porquê afinal? Desde quando foi-nos dado o direito de julgar os outros apenas porque não gostamos todos de comprar a roupa no mesmo sitio, ou dizer ténis em vez de sapatilhas, ou fumar uns charros em vez de SG Ventil? Como é que nós, seres completamente imperfeitos e arrogantes nos achamos com posse suficiente das nossas capacidades, para nos atrevermos a olhar sequer para o modo de vida do colega que partilha a mesma mesa connosco na aula de Grandes Temas da História da Cultura Portuguesa? Tantas perguntas, para tão poucas respostas. mas eu só queria uma solucção. E vivo assim, com terror de este amor que possa vir a sentir, por alguém que não mereça, por alguém que não contribua para o meu enrequecimento enquanto pessoa, para alguém que não me aceite e seja por fim, aceite.
O link do meu blog faz parte de uma música. Chama-se Shed my skin e tem um refrão, qq coisa como " I don´t mind what people say, no i won´t look back for another day, gonna shed my skin and walk away, walk away, walk away...". Ainda ando à procura desse dia, em que terei tomates o suficiente para cometer tal proeza, na sua totalidade. Será que esse dia chega?
12 de julho 2004
Inspiração, onde andas afinal? Perdi o objectivo dos meus textos há já algum tempo, vivo rodeado de corpos que me tentam, me provacam, me desejam.E o amor, sempre o amor, esse sentimento que todos queremos voltar a sentir, apesar de todos acreditarmos que só amamos verdadeiramente uma vez, nesta vida. Há pessoas que nos inspiram, que nos amam, que nos odeiam e que irradiam uma luz imensa capaz de nos fazer escrever, criar, sonhar durante horas seguidas, repletas de histórias de princesas e dragões. Dizem que os meus textos estão repletos de "deles" e "delas", personagens criadas que influênciam a forma como lidamos com o meio que nos rodeia, por mais insconsciente que sejamos perante tal facto. Eu respondo que a vida também é feita "deles" e "delas", que o amor é escasso e impuro, que a vida é breve e paradoxal, que o desejo é humano e violento.
E assim vou, por entre algum desses caminhos que se me apresentam, criando personagens que falem da minha estória, da nossa História, porque falar de nós prórprios é sempre tão difícil e o limite entre tudo e todos parece tão baço..."Tive amigos que morriam, amigos que partiam, outros quebravam o seu rosto contra o tempo. Odiei o que era fácil, procurei-te na luz, no mar, no vento" e continuo a procurar-te dentro dos meus sonhos, para que a inspiração não cesse e o ar, não termine, por fim. Gostava de te encontrar, no escuro, a sorrir para mim, só para mim, para que o resto do mundo ficasse mudo com tanta coragem, para que o resto do mundo ficasse surdo perante tanta paixão, porque é disso que se trata, no fundo. Às vezes acho que encontrei a cura para cessar a tua busca, que basta uma bebida e tudo termina e nada persiste, um abraço e tudo está esquecido, um olhar e já nada deverá acontecer. Pergunto-me se procuro no sítio errado, se espero demasiado das pessoas, se alguma vez poderei dar o que eu quero receber a alguém, se algum dia o sonho vai terminar e a esperança desvanecer. E há-de ser sempre o sorriso a luz ao fundo do túnel, caminho perdido tantas vezes esquecido. Quero que seja junto ao mar, com o sol a iluminar-nos como se aprovasse e tudo seja tal e qual tantas e todas as vezes sonhei. Quero que o corpo seja húmido, fácil de escavar a fim de encontrar rapidamente a alma e nunca mais de lá sair, ser para sempre prisioneiro e nunca pedir para voltar à realidade. E por isso peço para não acordar mais, para viver sempre a tua busca e a tua perda, tantas vezes perante o meu olhar.
Já te confundi tantas vezes, por algum gesto, por alguma palavra, mas chego sempre à conclusão que tu serás sempre mais e melhor do que eu sonhei e continuo a sonhar. Que precise de acordar e parar de amar esta alucinação patética é problema para o qual não encontro solucção, nem quero. Prefiro ir assim, sorrindo para tudo e para todos, tentando ajudar quem posso e quem devo e preparando-me para a tua chegada, que sinto, será eterna. E não, não me importo de esperar por ti, por cima deste mundo que tanto nos menospreza e conjectura hipóteses para a nossa existência fraca, suja, real.
A noite há-de sempre me acompanhar ao longo da minha jornada, onde me tornei sombra do meu próprio desejo, onde me procuro em cada monumento, em cada calçada, em cada música, em cada dança, em cada escada, em cada olhar. Acho que no fundo, lá no fundo, só precisava de um abraço, teu, para que o mundo voltasse a girar e tudo caísse em graça, como todos achamos que merecemos. O país já saiu da crise, se é que alguma vez lá esteve, o Euro 2004 foi um sucesso, o amor há-de retornar ao seu posto, de onde nunca deveria ter saído. Haja fê.
11, Julho de 2004
E assim vou, por entre algum desses caminhos que se me apresentam, criando personagens que falem da minha estória, da nossa História, porque falar de nós prórprios é sempre tão difícil e o limite entre tudo e todos parece tão baço..."Tive amigos que morriam, amigos que partiam, outros quebravam o seu rosto contra o tempo. Odiei o que era fácil, procurei-te na luz, no mar, no vento" e continuo a procurar-te dentro dos meus sonhos, para que a inspiração não cesse e o ar, não termine, por fim. Gostava de te encontrar, no escuro, a sorrir para mim, só para mim, para que o resto do mundo ficasse mudo com tanta coragem, para que o resto do mundo ficasse surdo perante tanta paixão, porque é disso que se trata, no fundo. Às vezes acho que encontrei a cura para cessar a tua busca, que basta uma bebida e tudo termina e nada persiste, um abraço e tudo está esquecido, um olhar e já nada deverá acontecer. Pergunto-me se procuro no sítio errado, se espero demasiado das pessoas, se alguma vez poderei dar o que eu quero receber a alguém, se algum dia o sonho vai terminar e a esperança desvanecer. E há-de ser sempre o sorriso a luz ao fundo do túnel, caminho perdido tantas vezes esquecido. Quero que seja junto ao mar, com o sol a iluminar-nos como se aprovasse e tudo seja tal e qual tantas e todas as vezes sonhei. Quero que o corpo seja húmido, fácil de escavar a fim de encontrar rapidamente a alma e nunca mais de lá sair, ser para sempre prisioneiro e nunca pedir para voltar à realidade. E por isso peço para não acordar mais, para viver sempre a tua busca e a tua perda, tantas vezes perante o meu olhar.
Já te confundi tantas vezes, por algum gesto, por alguma palavra, mas chego sempre à conclusão que tu serás sempre mais e melhor do que eu sonhei e continuo a sonhar. Que precise de acordar e parar de amar esta alucinação patética é problema para o qual não encontro solucção, nem quero. Prefiro ir assim, sorrindo para tudo e para todos, tentando ajudar quem posso e quem devo e preparando-me para a tua chegada, que sinto, será eterna. E não, não me importo de esperar por ti, por cima deste mundo que tanto nos menospreza e conjectura hipóteses para a nossa existência fraca, suja, real.
A noite há-de sempre me acompanhar ao longo da minha jornada, onde me tornei sombra do meu próprio desejo, onde me procuro em cada monumento, em cada calçada, em cada música, em cada dança, em cada escada, em cada olhar. Acho que no fundo, lá no fundo, só precisava de um abraço, teu, para que o mundo voltasse a girar e tudo caísse em graça, como todos achamos que merecemos. O país já saiu da crise, se é que alguma vez lá esteve, o Euro 2004 foi um sucesso, o amor há-de retornar ao seu posto, de onde nunca deveria ter saído. Haja fê.
11, Julho de 2004
Thursday, July 08, 2004
E foi assim que toda a magia épica chegou ao fim. Tivémos tão perto do sonho, tão perto do céu...Durante dias, semanas, vivemos em constante festa, mostramos a beleza do nosso país, colamo-nos ao televisor a ver a bola passar e elevamos a nossa auto-estima a níveis nunca programados, quanto mais sonhados!
Fui contra o Euro 2004 e a sua realização no nosso pequenino Portugal, mas soube bem não nos ouvir a regalar os nossos defeitos e a nossa miudez e a auto-proclamar-nos os melhores, quando muitas vezes o somos, de facto.
A verdade é que explodimos dentro de nós próprios, passamos a não ligar ao que o vizinho do lado faz, ao que o ministro pensa e para onde vai, libertamo-nos de preconceitos, reaprendemos a ser simpáticos e hospitaleiros e passamos a exaltar a bandeira nacional, esse símbolo carregado de história, por vezes não muito bonita, mas a nossa história! E foi tão bonito ver as janelas, as varandas, as caras, a alma pintada com as cores, tal vez da bandeira, talvez do coração. Foi bonito ver as pessoas sem ter medo de dizer que gostavam, de Portugal sem serem atacadas, ou sentirem-se rebaixadas.
Há que agradecer ao Ronaldo, ao Ruizinhu, ao Figo e a todos os outros, pelos pulos que nos fizeram dar no sofá, pelas bebedeiras que apanhamos, pelos sustos, pela alegria respirada, pelo amor compartilhado.
O Euro deixou-nos muito debilitados financeiro e provavelmente não compensou económicamente e apesar de nao termos ganho, serviu para tantas outras coisas que talvez sejam o sinal de mundança na mentalidade do nosso país. Temos de acreditar em nós, termos força para acreditarmos em nós, que somos tão bons como os ingleses espanhois ou alemães, que temos coragem para o ser. Que o nosso primeiro ministro vai lá para fora gerir o orçamento comunitário porque é de facto bom naquilo que faz, naquilo que gere e da maneira que gere. Vamos todos ajudar Portugal a crescer e não tirar as bandeiras da nossa janela, fazer força para crescermos, ter coragem para fazer força. E sermos, n fim, como uma força que ninguém pode parar e fazer tudo com uma fome que ninguém pode matar, nunca nos saciando, tentando ser sempre mais e melhor.
Vamos fazer isso tudo e muito mais...juntos.
:D
Fui contra o Euro 2004 e a sua realização no nosso pequenino Portugal, mas soube bem não nos ouvir a regalar os nossos defeitos e a nossa miudez e a auto-proclamar-nos os melhores, quando muitas vezes o somos, de facto.
A verdade é que explodimos dentro de nós próprios, passamos a não ligar ao que o vizinho do lado faz, ao que o ministro pensa e para onde vai, libertamo-nos de preconceitos, reaprendemos a ser simpáticos e hospitaleiros e passamos a exaltar a bandeira nacional, esse símbolo carregado de história, por vezes não muito bonita, mas a nossa história! E foi tão bonito ver as janelas, as varandas, as caras, a alma pintada com as cores, tal vez da bandeira, talvez do coração. Foi bonito ver as pessoas sem ter medo de dizer que gostavam, de Portugal sem serem atacadas, ou sentirem-se rebaixadas.
Há que agradecer ao Ronaldo, ao Ruizinhu, ao Figo e a todos os outros, pelos pulos que nos fizeram dar no sofá, pelas bebedeiras que apanhamos, pelos sustos, pela alegria respirada, pelo amor compartilhado.
O Euro deixou-nos muito debilitados financeiro e provavelmente não compensou económicamente e apesar de nao termos ganho, serviu para tantas outras coisas que talvez sejam o sinal de mundança na mentalidade do nosso país. Temos de acreditar em nós, termos força para acreditarmos em nós, que somos tão bons como os ingleses espanhois ou alemães, que temos coragem para o ser. Que o nosso primeiro ministro vai lá para fora gerir o orçamento comunitário porque é de facto bom naquilo que faz, naquilo que gere e da maneira que gere. Vamos todos ajudar Portugal a crescer e não tirar as bandeiras da nossa janela, fazer força para crescermos, ter coragem para fazer força. E sermos, n fim, como uma força que ninguém pode parar e fazer tudo com uma fome que ninguém pode matar, nunca nos saciando, tentando ser sempre mais e melhor.
Vamos fazer isso tudo e muito mais...juntos.
:D
Saturday, July 03, 2004
"Apetecia-me um Gelado", apetecia-me tanto um gelado, fugir contigo e nunca mais ter de te enfrentar naqueles sonhos que tantas vezes não são saudáveis, apenas porque tu apareces. Mas hoje só me apetece um gelado, frio, cremoso, repleto de calorias e de todas aquelas pequenas coisas que nos fazem mal, apenas porque sabem bem.
Hoje não me quero preocupar com o exame que ainda há-de vir, se os meus pais vão descobrir, se já sabem, se saberão o mundo que criei no meio da minha ilusão e desejo, se alguém é injusto ou arrogante comigo, ou se sempre conseguirei fazer alguma coisa pelo Mundo, como tantas vezes sonho.
Só isso. Só me apetecia sentar no sofá,e amar-me, a mim e ao gelado, ser egoísta e não partilhar com ninguém, ouvir uma música da ou da Nelly e deixar-me adormecer por todas aquelas pessoas que confiam e gostam de mim. E cada vez me surpreendo mais, tantas vezes pela negativa, outras pela positiva. São menos, mas são tão mais importantes. De repente alguma coisa boa acontece, somos premiados, glorificados e reconhecidos e de repente todo aquele esforço merece algum sentido, rumo ou destino.
Hoje foi um dia daqueles, surpreendesnte, em que acordamos com a maior dor de cabeça da nossa vida, porque o licor de xinês e o Baileys da noite anterior não foi devidamente absorvido e continua a dar sinal de vida, no sangue. E de repente tudo muda, tudo se inverte, a apatia dá lugar a alegria, esse nobre sentimento que nem todos conseguem sentir, que nem todos querem sentir. E acontece. A dor de cabeça já não existe, sentimo-nos bem, iguais, próprios, seguros e confiantes das nossas potencialidades, sentimo-nos parte de um grupo, de um todo. E sabe tão bem! A surpresa, a emoção, as palmas, os abraços, os sorrisos, as palavras, os gestos...
È tão bom sentirmo-nos bem com o q somos, com o que conseguimos ser, sabe tão gostarmos de viver, sabe tao bem a vida ter algum significado e rendimento, talvez compensação. Sabe tão bem sorrir, só sorrir.
Um gelado agora calharia bem, com muito chocolate, porque sou naturalmente guloso...porque estou feliz, muito! DEviamos ser todos felizes, deviamos fazer todos, os outros felizes, deviamos aprender a aprender a ser felizes. Deixar as tristezas, complicações e angústias de lado e ser de novo e sempre criança, grande ou pequena, não é importante. Ver as estrelas, apreciar a natureza, ouvir o mar confidente, dar um abraço aquele nosso amigo que sofre por dentro porque a namorada por quem fez tudo, o largou por outro, na pior altura, no pior momento. Vamos correr, e beber daquele sol que sorri apenas para nós e lembrar que as aulas só começam de novo em Setembro, perder-nos na noite e fazer discursos encorajadores e positivos.Vamo-nos largar de preconceitos e imaginar que somos perfeitos e dar a mão a toda a gente, vamo-nos respeitar, vamos fazer o que toda a gent quiser, sorrindo, amando, pisando todas as adversidades da vida, Vamos construi textos imaginativos plenos de resistÊnica À depressão e ouvir a Natalie a cantar "Butterflies, cut the stomach outand hand it over, butterflies, my heart will be the bridge that you walk over".
Afinal, Não queremos todos o mesmo?
Hoje não me quero preocupar com o exame que ainda há-de vir, se os meus pais vão descobrir, se já sabem, se saberão o mundo que criei no meio da minha ilusão e desejo, se alguém é injusto ou arrogante comigo, ou se sempre conseguirei fazer alguma coisa pelo Mundo, como tantas vezes sonho.
Só isso. Só me apetecia sentar no sofá,e amar-me, a mim e ao gelado, ser egoísta e não partilhar com ninguém, ouvir uma música da ou da Nelly e deixar-me adormecer por todas aquelas pessoas que confiam e gostam de mim. E cada vez me surpreendo mais, tantas vezes pela negativa, outras pela positiva. São menos, mas são tão mais importantes. De repente alguma coisa boa acontece, somos premiados, glorificados e reconhecidos e de repente todo aquele esforço merece algum sentido, rumo ou destino.
Hoje foi um dia daqueles, surpreendesnte, em que acordamos com a maior dor de cabeça da nossa vida, porque o licor de xinês e o Baileys da noite anterior não foi devidamente absorvido e continua a dar sinal de vida, no sangue. E de repente tudo muda, tudo se inverte, a apatia dá lugar a alegria, esse nobre sentimento que nem todos conseguem sentir, que nem todos querem sentir. E acontece. A dor de cabeça já não existe, sentimo-nos bem, iguais, próprios, seguros e confiantes das nossas potencialidades, sentimo-nos parte de um grupo, de um todo. E sabe tão bem! A surpresa, a emoção, as palmas, os abraços, os sorrisos, as palavras, os gestos...
È tão bom sentirmo-nos bem com o q somos, com o que conseguimos ser, sabe tão gostarmos de viver, sabe tao bem a vida ter algum significado e rendimento, talvez compensação. Sabe tão bem sorrir, só sorrir.
Um gelado agora calharia bem, com muito chocolate, porque sou naturalmente guloso...porque estou feliz, muito! DEviamos ser todos felizes, deviamos fazer todos, os outros felizes, deviamos aprender a aprender a ser felizes. Deixar as tristezas, complicações e angústias de lado e ser de novo e sempre criança, grande ou pequena, não é importante. Ver as estrelas, apreciar a natureza, ouvir o mar confidente, dar um abraço aquele nosso amigo que sofre por dentro porque a namorada por quem fez tudo, o largou por outro, na pior altura, no pior momento. Vamos correr, e beber daquele sol que sorri apenas para nós e lembrar que as aulas só começam de novo em Setembro, perder-nos na noite e fazer discursos encorajadores e positivos.Vamo-nos largar de preconceitos e imaginar que somos perfeitos e dar a mão a toda a gente, vamo-nos respeitar, vamos fazer o que toda a gent quiser, sorrindo, amando, pisando todas as adversidades da vida, Vamos construi textos imaginativos plenos de resistÊnica À depressão e ouvir a Natalie a cantar "Butterflies, cut the stomach outand hand it over, butterflies, my heart will be the bridge that you walk over".
Afinal, Não queremos todos o mesmo?
Tuesday, June 29, 2004
Que luz, que infíma música a embalar-me no desassossego dos meus sonhos que nunca se tornarão realidade. Apago o rádio, apago a luz, apago-me a mim. Tudo o resto é ´pó, tudo o resto sâo fronteiras entre mim e os outros que ainda não percebi se devem ser quebradas. O maor continua a guiar-me, através do sol, do azul, das tuas músicas sem sentido, da luz que me alcança e se apodera de mim, como se não eu fosse nada nem ninguém, alma solitária que nunca deixei de conseguir ser. Em breve completo mais uma etapa, em breve caio, levanto-me, subo e desço, mais um sentimento, uma vida, um sorriso, quem sabe o teu, perdido algures entre o egoísmo com que não te dás e as noites fugazes em que encontras cura para a tua incapacidade de sentires e seres sentida.
Escrevo para ti e escrevo para ti, como se nunca te tivesse conhecido, como se a tua Estrela nunca me tivesse guiado, embrerenhado neste sentimento que me continuam a dizer que é bonito e vale a pena ser vivido. Lá fora, espera-me um mundo que enfrento, com cautela, medo e observação, com um sorriso na alma que me denuncia, com um peso nas costas. Vivo porque tenho de viver, sobrevivo, porque arranjo forças, por aí, em alguém que giosta de mim e não se importa se as casas que desenho são grandes, pequenas, que não se importa se gosto de molhar a bolacha no leite ou rir ou cantar ou ser teu logo pela manhã.
A História é simples, a História é banal, a minha estória +e verdadeira, porque não me liberto dela. poruqe nunca te tive, entre mim, nos meus braços, entre o meu peito, sem os risos dos incautos, sem a inveja dos que se olham ao espelho e não veêm metade do que sonham. E que serei eu no meio deste círculo que não gira, que não permanece, que apenas se absorve na esperança de vibrar, de contentamento, de amor.
Queria ser sempre teu e tu minha, pegar na minha mota e fazer contigo o que ninguém ,nem tu, fizeram comigo, mergulhar no teu sangue, afogar-me nos teus olhos, mentir-te bem alto. Queria ser luz, tua. Fogo, teu. Amor, só amor. Conhecê-lo, cheirá-lo, vê-lo, falar-lhe todas as manhãs, amar-te.
Que luz, que infíma luz , que me arrasa, me acende e me apaga, para no fim me deixar só, vagabundo. Queria ser vagabundo contigo, dar-te a mão e nunca te perder, viver e adormecer, assim, pequeno e frágil, por entre os meus arco-íris de infância. Queria ser teu, queria tanto ser teu...Lembro-me de todas as vezes em que te perdi e fugi, de ti,assim, loira, ruiva, morena entre uma saia da moda e um cigarro de uma marca qualquer.
Ao pé de ti, nada era romântico, bonito ou supérfulo. A vida era rasteira, fria, fácil e desprovida, de tudo e de todos. Não era mentira, era tudo ali ao prazer da carne, do sexo, da cama e da penetração, fugaz, limpa, como se os nossos corpos não se pudessem destruir e eu fosse ali, naquele momento, cinco vezes mais do que quando te amaei, numa praia qualquer, a minha Praia, ao som de uma qualquewr música irritante. E eu ia ao som dela, de ti, "ès o rapaz que nasceu entre a minha estrela", cantavas-me, e era eu que te percorria, com as mãos, com prazer, com o coração, com os olhos. Vazios, por nunca mais te terem visto, felizes por não se cegarem com a imagem da tua memória, amantes de tudo o que tenha o teu toque, fugaz e impávido.
Escrevo para que tu ninca voltes, sem eu tar acordado, levar-te para a cama e nunca mais acordar, sem ti, sem mim. Para que a fala assuma o seu papel com coragem, neste mundo de "competências e técnicas", onde tudo parece fácil demais, e Às vezes até é.
Miguel Praia
Escrevo para ti e escrevo para ti, como se nunca te tivesse conhecido, como se a tua Estrela nunca me tivesse guiado, embrerenhado neste sentimento que me continuam a dizer que é bonito e vale a pena ser vivido. Lá fora, espera-me um mundo que enfrento, com cautela, medo e observação, com um sorriso na alma que me denuncia, com um peso nas costas. Vivo porque tenho de viver, sobrevivo, porque arranjo forças, por aí, em alguém que giosta de mim e não se importa se as casas que desenho são grandes, pequenas, que não se importa se gosto de molhar a bolacha no leite ou rir ou cantar ou ser teu logo pela manhã.
A História é simples, a História é banal, a minha estória +e verdadeira, porque não me liberto dela. poruqe nunca te tive, entre mim, nos meus braços, entre o meu peito, sem os risos dos incautos, sem a inveja dos que se olham ao espelho e não veêm metade do que sonham. E que serei eu no meio deste círculo que não gira, que não permanece, que apenas se absorve na esperança de vibrar, de contentamento, de amor.
Queria ser sempre teu e tu minha, pegar na minha mota e fazer contigo o que ninguém ,nem tu, fizeram comigo, mergulhar no teu sangue, afogar-me nos teus olhos, mentir-te bem alto. Queria ser luz, tua. Fogo, teu. Amor, só amor. Conhecê-lo, cheirá-lo, vê-lo, falar-lhe todas as manhãs, amar-te.
Que luz, que infíma luz , que me arrasa, me acende e me apaga, para no fim me deixar só, vagabundo. Queria ser vagabundo contigo, dar-te a mão e nunca te perder, viver e adormecer, assim, pequeno e frágil, por entre os meus arco-íris de infância. Queria ser teu, queria tanto ser teu...Lembro-me de todas as vezes em que te perdi e fugi, de ti,assim, loira, ruiva, morena entre uma saia da moda e um cigarro de uma marca qualquer.
Ao pé de ti, nada era romântico, bonito ou supérfulo. A vida era rasteira, fria, fácil e desprovida, de tudo e de todos. Não era mentira, era tudo ali ao prazer da carne, do sexo, da cama e da penetração, fugaz, limpa, como se os nossos corpos não se pudessem destruir e eu fosse ali, naquele momento, cinco vezes mais do que quando te amaei, numa praia qualquer, a minha Praia, ao som de uma qualquewr música irritante. E eu ia ao som dela, de ti, "ès o rapaz que nasceu entre a minha estrela", cantavas-me, e era eu que te percorria, com as mãos, com prazer, com o coração, com os olhos. Vazios, por nunca mais te terem visto, felizes por não se cegarem com a imagem da tua memória, amantes de tudo o que tenha o teu toque, fugaz e impávido.
Escrevo para que tu ninca voltes, sem eu tar acordado, levar-te para a cama e nunca mais acordar, sem ti, sem mim. Para que a fala assuma o seu papel com coragem, neste mundo de "competências e técnicas", onde tudo parece fácil demais, e Às vezes até é.
Miguel Praia
Friday, June 18, 2004
Imagem quase perfeita
Aqui no meio desta sala cercada por livros, alguns antigos outro recentes a que chamam biblioteca, mergulhada na imensidão de pessoas que ainda não desistiram de procurar o conhecimento em algo mais palpável do que meras palavras soltas, perdidas. Lembro-me de quando te olhei pela primeira vez e foste logo ali, um desses livros que hoje vasculham e que parecem de difícil compreensão, mas que não passam de escrita pop, demasidadamente leve para ser levada a sério, idenependentemente de ser esse o seu propósito ou não.
Gostava de ter vivido mais entre a areia da tua praia, mas o meu coração sempre esteve preenchido por outro alguém que não tu. A tua sensibilidade sempre foi demais para mim, fria como sempre gostei de ser, rodeada pela minha casca, inquebrável e cheia de banalidades e falsos sorrisos.
Como é que se explica o fim de algo que não teve começo, princípio ou situação? Amar-te sempre foi demais para mim, sempre exigiu demais de mim, porque sou invejosa e edonista demais para me conseguir submeter a uma beleza superior a mim, a um ser que por ser tão delicado me metia pena, que por ser tão popular me metia inveja. E eu não queria amar-te e continuo a não querer amar-te e se és tu que me dás a inspiração para cantar aquelas músicas que toda a gente acha profundas demais para serem escritas, eu quero ser o nada, como fui sem ti.
Não há justificações plenas de romantismos como sempre quiseste, como sempre desesjaste ou então fui eu que te interpretei erradamente e agora poderiamos ser felizes, tu a veres os meus concertos, eu a espiar os teus desenhos de casas, casinhas e palácios para gente claustrofóbica que acha que quanto maior for a sua singela habitação, maior será a sua vontade de prevalecer sobre as viscitudes da vida.
Naquela noite em que fui tua, em que mergulhei no teu mar e tu foste a minha estrela que me guiou por entre a noite fria, redescobri-me e senti-me nova e pura outra vez, apenas por me teres tocado, apenas por ter tocado da tua areia sem ela ter escoado por entre os meus dedos, apenas porque não havia ninguém para julgar quem era mais belo ou para contar todas as traquinices que eu fazia quando era pequena e tinha ar de maria rapaz. Por entre o meu peito ainda te sinto, e quando ele me toca é a ti que eu sorrio, porque as mãos dele não são inocentes e ele transborda prazer carnal e é disso que eu preciso para não me tornar suficientemente fraca e ser vergada pelos problemas da vida. É dos abraços vazios dele que eu preciso para não voltar a achar que a vida há-de ser sempre como nós queremos, é do olhar distante dele, é o sorriso improvavél dele que me faz ser dura o suficinte para conseguir partilhar os bastidores com alguém que a determinada altura me humilha, apenas porque a minha canção parva, teve mais sucesso do que a dela.
Nunca mais esqueci o teu sorriso rasgado, o teu olhar penetrante, a maneira como ao pé de ti ficava pequena e diminuta prante a minha própria fama, como me achava suja, fraca, impotente, porque tu conseguires ser tudo aquilo que eu achava que não se podia ser. Nunca mais me esqueci do teu corpo ondulante, das tuas dunas, da tua respiração, da praia, a tua Praia.
O amor nunca foi uma razão para mim,solta, foragida de mim própria a tentar encontrar uma pergunta, quando não havia solução. Quando este sentimento deixar de correr, vou deixar de escrever, também, e passarei a cantar as músicas de quem nunca sentiu o que tu sentiste por mim e que eu desejei também sentir e não consegui."És o rapaz que nasceu entre a minha estrela" cantei-te uma vez e continuei assim, mergulhada no meu sentimento porque tu foste sempre a coisa mais real que eu conheci, num local tão fundo, tão escuro, tão estupidamente real. Mas deixei-te ir embora e tudo o resto já não tem mais lugar. Nem o amor, nem a paixão, nem o sexo. Guardei o melhor de ti, numa imagem quase perfeita e sonho assim contigo, como se isso preenchesse o teu lugar e nos meus sonhos tu levas-me e eu sou feliz e ninguém mais me julga nem me acusa de ser uma alma que não sabe cantar, apenas interpretar. Quis tanto deixar-me ir contigo e ver tudo aquilo, que eu sei que era muito, que tinhas para me oferecer, para me dar, para me tornar. Ainda tenho esperança que te vá encontrar outra vez, perdido na tua própria praia e eu consiga ultrapassar-me a mim mesma e o medo de experimentar algo que nunca tive, apenas provei, ceda e eu seja novamente tua, como nunca cheguei a ser.
Maria Estrela
Aqui no meio desta sala cercada por livros, alguns antigos outro recentes a que chamam biblioteca, mergulhada na imensidão de pessoas que ainda não desistiram de procurar o conhecimento em algo mais palpável do que meras palavras soltas, perdidas. Lembro-me de quando te olhei pela primeira vez e foste logo ali, um desses livros que hoje vasculham e que parecem de difícil compreensão, mas que não passam de escrita pop, demasidadamente leve para ser levada a sério, idenependentemente de ser esse o seu propósito ou não.
Gostava de ter vivido mais entre a areia da tua praia, mas o meu coração sempre esteve preenchido por outro alguém que não tu. A tua sensibilidade sempre foi demais para mim, fria como sempre gostei de ser, rodeada pela minha casca, inquebrável e cheia de banalidades e falsos sorrisos.
Como é que se explica o fim de algo que não teve começo, princípio ou situação? Amar-te sempre foi demais para mim, sempre exigiu demais de mim, porque sou invejosa e edonista demais para me conseguir submeter a uma beleza superior a mim, a um ser que por ser tão delicado me metia pena, que por ser tão popular me metia inveja. E eu não queria amar-te e continuo a não querer amar-te e se és tu que me dás a inspiração para cantar aquelas músicas que toda a gente acha profundas demais para serem escritas, eu quero ser o nada, como fui sem ti.
Não há justificações plenas de romantismos como sempre quiseste, como sempre desesjaste ou então fui eu que te interpretei erradamente e agora poderiamos ser felizes, tu a veres os meus concertos, eu a espiar os teus desenhos de casas, casinhas e palácios para gente claustrofóbica que acha que quanto maior for a sua singela habitação, maior será a sua vontade de prevalecer sobre as viscitudes da vida.
Naquela noite em que fui tua, em que mergulhei no teu mar e tu foste a minha estrela que me guiou por entre a noite fria, redescobri-me e senti-me nova e pura outra vez, apenas por me teres tocado, apenas por ter tocado da tua areia sem ela ter escoado por entre os meus dedos, apenas porque não havia ninguém para julgar quem era mais belo ou para contar todas as traquinices que eu fazia quando era pequena e tinha ar de maria rapaz. Por entre o meu peito ainda te sinto, e quando ele me toca é a ti que eu sorrio, porque as mãos dele não são inocentes e ele transborda prazer carnal e é disso que eu preciso para não me tornar suficientemente fraca e ser vergada pelos problemas da vida. É dos abraços vazios dele que eu preciso para não voltar a achar que a vida há-de ser sempre como nós queremos, é do olhar distante dele, é o sorriso improvavél dele que me faz ser dura o suficinte para conseguir partilhar os bastidores com alguém que a determinada altura me humilha, apenas porque a minha canção parva, teve mais sucesso do que a dela.
Nunca mais esqueci o teu sorriso rasgado, o teu olhar penetrante, a maneira como ao pé de ti ficava pequena e diminuta prante a minha própria fama, como me achava suja, fraca, impotente, porque tu conseguires ser tudo aquilo que eu achava que não se podia ser. Nunca mais me esqueci do teu corpo ondulante, das tuas dunas, da tua respiração, da praia, a tua Praia.
O amor nunca foi uma razão para mim,solta, foragida de mim própria a tentar encontrar uma pergunta, quando não havia solução. Quando este sentimento deixar de correr, vou deixar de escrever, também, e passarei a cantar as músicas de quem nunca sentiu o que tu sentiste por mim e que eu desejei também sentir e não consegui."És o rapaz que nasceu entre a minha estrela" cantei-te uma vez e continuei assim, mergulhada no meu sentimento porque tu foste sempre a coisa mais real que eu conheci, num local tão fundo, tão escuro, tão estupidamente real. Mas deixei-te ir embora e tudo o resto já não tem mais lugar. Nem o amor, nem a paixão, nem o sexo. Guardei o melhor de ti, numa imagem quase perfeita e sonho assim contigo, como se isso preenchesse o teu lugar e nos meus sonhos tu levas-me e eu sou feliz e ninguém mais me julga nem me acusa de ser uma alma que não sabe cantar, apenas interpretar. Quis tanto deixar-me ir contigo e ver tudo aquilo, que eu sei que era muito, que tinhas para me oferecer, para me dar, para me tornar. Ainda tenho esperança que te vá encontrar outra vez, perdido na tua própria praia e eu consiga ultrapassar-me a mim mesma e o medo de experimentar algo que nunca tive, apenas provei, ceda e eu seja novamente tua, como nunca cheguei a ser.
Maria Estrela
Sunday, June 13, 2004
Será que somos importantes para alguém? Será que quando choramos alguem sente a falta do nosso riso, será que quando não aparecemos ao encontro combinado, alguém desespera pelo nosso regresso, será que alguém sente o nosso desespero quando nos sentimos emberenhados por entre os vales do nossos desespero?
Não nos damos conta que uma palavra nossa, pode fazer o dia mais feliz daquela pessoa que olha para nós com olhos esbugalhados de tanta admiração, compaixão e porque não, de amor. Não nos damos conta do que vale um olá, um simples e singelo olá para fazer com que os sonhos dessa pessoa se tornem mais reais, apenas por saberem que contam connosco.
Devemos tentar tornar as outras pessoas o mais feizes possíveis,para que a nossa existência assuma algum significado e não se perca entre os tecidos da nossa era.
Às vezes esqueco-me das pessosas, apenas porque dou lugar, tempo e momento a outras, nem sei bem porquÊ, Acredito na mudança como fonte de evolução e resistência, mas nunca quis deixar ninguém para trás...a vida encarrega-se facilmente desse papel, atruibuido sem qualquer louvor ou mérito.
De vez em quando sonho e nalguns desses sonhos,Às vezes acordado às vezes a dormir, sonho com uma cidade em que as pessoas se riem por estarem vivas, por sentirem a terra por entre as mãos, quando a escavam, por saltarem por entre os obstáculos próprios da vida e por correrem mais depressa de que o medo, já factor inerente de qualquer ser humano. Nesse sonho, eu tento e consigo com que toda a gente se sinta bem consigo prórpia e depois acord, feliz e contente porque a minha missão foi cumprida. Será achar mais de mim, será muito egocêntrico assumir tal papel perante alguém, perante o mundo? De qualquer maneira, está tudo acabado, porque na vida real eu nunca cumpro o meu papel, acabando eu por ficar na fossa da minha própria insgnificância.
Só queria que eu, tu, nós fossemos felizes, sem guerras ou desamores,ódios ou falsos ciúmes...só queria ser feliz.
...só queria ser feliz e consegui-o ser, masi uma vez. Sim, esta noite também o fui, mas o alcóol ajudou, os elogios também ajudaram, mas houve um dia em que eu fui feliz apenas porque existi, porque vivi aquele momento. Por entre a música e a dança eu já era praticamente "Like A Bird", perdido a "counting the stars" apaxaixonado apenas por estar a "try" outra vez...Foi um momento sublime, em que eu não me importei com ninguém, nem comigo mesmo, nem com as crianças que morrem em Àfrica, todos os dias, a todas as horas, só porque não têm um mísero pão para comer, sim aquele que nós rejeitamos quando já está no armário há um dia...O prazer foi enorme, a alegria foi perfeita e foi bom saber que alguém se dedica tanto e que "HAja o que houver" tu vais estar sempre aqui...obrigado Nelly Furtado, és como uma Força que ninguém pode parar, obrigado por me relembrares coisas tao simples como "This lIfe is to short to live it just 4 u"*.
Não nos damos conta que uma palavra nossa, pode fazer o dia mais feliz daquela pessoa que olha para nós com olhos esbugalhados de tanta admiração, compaixão e porque não, de amor. Não nos damos conta do que vale um olá, um simples e singelo olá para fazer com que os sonhos dessa pessoa se tornem mais reais, apenas por saberem que contam connosco.
Devemos tentar tornar as outras pessoas o mais feizes possíveis,para que a nossa existência assuma algum significado e não se perca entre os tecidos da nossa era.
Às vezes esqueco-me das pessosas, apenas porque dou lugar, tempo e momento a outras, nem sei bem porquÊ, Acredito na mudança como fonte de evolução e resistência, mas nunca quis deixar ninguém para trás...a vida encarrega-se facilmente desse papel, atruibuido sem qualquer louvor ou mérito.
De vez em quando sonho e nalguns desses sonhos,Às vezes acordado às vezes a dormir, sonho com uma cidade em que as pessoas se riem por estarem vivas, por sentirem a terra por entre as mãos, quando a escavam, por saltarem por entre os obstáculos próprios da vida e por correrem mais depressa de que o medo, já factor inerente de qualquer ser humano. Nesse sonho, eu tento e consigo com que toda a gente se sinta bem consigo prórpia e depois acord, feliz e contente porque a minha missão foi cumprida. Será achar mais de mim, será muito egocêntrico assumir tal papel perante alguém, perante o mundo? De qualquer maneira, está tudo acabado, porque na vida real eu nunca cumpro o meu papel, acabando eu por ficar na fossa da minha própria insgnificância.
Só queria que eu, tu, nós fossemos felizes, sem guerras ou desamores,ódios ou falsos ciúmes...só queria ser feliz.
...só queria ser feliz e consegui-o ser, masi uma vez. Sim, esta noite também o fui, mas o alcóol ajudou, os elogios também ajudaram, mas houve um dia em que eu fui feliz apenas porque existi, porque vivi aquele momento. Por entre a música e a dança eu já era praticamente "Like A Bird", perdido a "counting the stars" apaxaixonado apenas por estar a "try" outra vez...Foi um momento sublime, em que eu não me importei com ninguém, nem comigo mesmo, nem com as crianças que morrem em Àfrica, todos os dias, a todas as horas, só porque não têm um mísero pão para comer, sim aquele que nós rejeitamos quando já está no armário há um dia...O prazer foi enorme, a alegria foi perfeita e foi bom saber que alguém se dedica tanto e que "HAja o que houver" tu vais estar sempre aqui...obrigado Nelly Furtado, és como uma Força que ninguém pode parar, obrigado por me relembrares coisas tao simples como "This lIfe is to short to live it just 4 u"*.
Monday, June 07, 2004
Pensar que me ias dar tudo aquilo que eu sempre sonhei que me desses, pensar que ainda penso que existe alguém, por aí, pronta a me dar tudo aquilo que me puder e tiver disposta a dar. Pensar que te vi, assim, pura e escondida entre o teu medo de me ver e de me sentir. Entre a tua Ânsia de me buscar, alcançar e de te ter só para mim. Já não escrevo para ti, mas por mim, para que as mãos possam responder a tudo aquilo que o teu coração tem a ilustre técnica de esconder.
Foram tantas as vezes em que sonhei que te tive e foram tantas as vezes que me fugiste. O amor não tem preço, nem idade, mas o meu tinha-te a ti, materialização do meu desejo, capaz de virar este mundo e o outro do avesso, só para conseguir viver este sentimento que eu achei que ambos vivéssemos. Agora vivo sozinho, porque alguém, como tu, não quis mais provar do sabor da minha vida, nem desejar frente ao espelho aquilo que não se pode ser, mas que todos nos queremos tornar.
E foram dias, ontem hoje e amnanhã, a fugir de ti, até que fui forçado a encontrar-te entre um copo pousado e um MaRtini Metz. Quando penso em ti, penso nas opurtunidades que poderiamos ter criado juntos, saltar por cima das adversidades, ver o nascer do sol juntos e morrer noutro planeta. Poderiamos ter sido amantes e amarmo-nos meses, numa cabana à beira do rio, sem ninguém saber, sem ninguém sentir, sem ninguém intervir.
O que fazemos com o que resta? Eu quero fazer muita coisa, por mim e por quem há-de vir, porque tu não passas, e passas bem, de um encontro estranho, fugaz e alicerçado em falsas esperanças que ambos fomos criando, para que no fim o tudo fosse nada. Só te queria ter amado...mais.
Foram tantas as vezes em que sonhei que te tive e foram tantas as vezes que me fugiste. O amor não tem preço, nem idade, mas o meu tinha-te a ti, materialização do meu desejo, capaz de virar este mundo e o outro do avesso, só para conseguir viver este sentimento que eu achei que ambos vivéssemos. Agora vivo sozinho, porque alguém, como tu, não quis mais provar do sabor da minha vida, nem desejar frente ao espelho aquilo que não se pode ser, mas que todos nos queremos tornar.
E foram dias, ontem hoje e amnanhã, a fugir de ti, até que fui forçado a encontrar-te entre um copo pousado e um MaRtini Metz. Quando penso em ti, penso nas opurtunidades que poderiamos ter criado juntos, saltar por cima das adversidades, ver o nascer do sol juntos e morrer noutro planeta. Poderiamos ter sido amantes e amarmo-nos meses, numa cabana à beira do rio, sem ninguém saber, sem ninguém sentir, sem ninguém intervir.
O que fazemos com o que resta? Eu quero fazer muita coisa, por mim e por quem há-de vir, porque tu não passas, e passas bem, de um encontro estranho, fugaz e alicerçado em falsas esperanças que ambos fomos criando, para que no fim o tudo fosse nada. Só te queria ter amado...mais.
Saturday, May 22, 2004
Não sei porque é que ainda não te esqueci, porque´e que fazes parte das minhas memórias como se ainda nada te tivesse superado, como se isso fosse impossível.Depois de ti, foi muito difícil voltar a ver a realidade com os olhos de uma criança a quem lhe tinham tirado o mundo e enfrentar tudo outra vez, mas desta vez sozinho. Entreguei-me a quem pude e a quem ainda não esqueci, mas ninguém me agarrou, porque ninguém me amou. Apenas consumiram o meu corpo, como se eu apenas fosse carnal e nunca algo de sentimental.
Hoje, desisti de encontrar alguém perfeito com quem cometesse todas aquelas loucuras com as quais sonho en~quanto estudo. Acabaram-se as tentativas frustradas de tentar encontrar alguém, porque eu sei, eu sinto, que quando chegar o momento eu vou saber reconhecê-la por detrás do manto de ignorância de quem me rodeia e no qual me tentam mergulhar.
O sol pode ter desaparecido, mas a luz que brilha em mim e me guia ainda não se apagou. continuará ligada e aberta para todos aqueles que queiram e gostem de sentir a vida, mesmo quando ela não existe. Eu vou estar cá, sempre e quem gostar de mim, sabe onde me encontrar, entre uma música da Nelly e um episódio de 7 palmos de terra. Estou em constante mutação e embora isto pareça um paradoxo, nunca mudo. Não há realidade por detrás do sonho, certo?
Hoje, desisti de encontrar alguém perfeito com quem cometesse todas aquelas loucuras com as quais sonho en~quanto estudo. Acabaram-se as tentativas frustradas de tentar encontrar alguém, porque eu sei, eu sinto, que quando chegar o momento eu vou saber reconhecê-la por detrás do manto de ignorância de quem me rodeia e no qual me tentam mergulhar.
O sol pode ter desaparecido, mas a luz que brilha em mim e me guia ainda não se apagou. continuará ligada e aberta para todos aqueles que queiram e gostem de sentir a vida, mesmo quando ela não existe. Eu vou estar cá, sempre e quem gostar de mim, sabe onde me encontrar, entre uma música da Nelly e um episódio de 7 palmos de terra. Estou em constante mutação e embora isto pareça um paradoxo, nunca mudo. Não há realidade por detrás do sonho, certo?
Tuesday, May 18, 2004
Corro, fujo, não tenho razões para estar triste. Estar triste porquê? Porque as pessoas que estão à minha volta não se entendem?Porque a nElly Furtado não tem o sucesso que merecia?Porque não amei quem devia?
Mas não consigo estar triste e por isso corro e fujo, sempre, outra vez, porque sei que te tenho a ti, a ti e a ti, sempre à minha volta, sempre à minha espera..tive a sorte de ter encontrado muita gente. Gente boa e gente má. A boa continua comigo e continuará sempre e para sempre. A má não existe mais. São apenas partículas de uma ilusão que nunca teve alicerces, nem realidade. São móveis de uma casa, cobertos pelo pó, efémeros como os poemas de Eugénio de Andrade, mas nunca esquecidos, para que o futuro se advinhe risonho, porque a lição nunca é totalmente aprendida, mas nunca é esquecida.
Não tenho nada para escrever porque só me vem a inspiração quando me sinto deprimido o suficiente para guardar tudo para um teclado e um ecrã. Simplesmente porque ele não fala, não sente e quando se comete algum erro, apaga-se facilmente. Que não se apague a minha alegria, tão facilmente, Cause this life is to short to live it just for u.
Mas não consigo estar triste e por isso corro e fujo, sempre, outra vez, porque sei que te tenho a ti, a ti e a ti, sempre à minha volta, sempre à minha espera..tive a sorte de ter encontrado muita gente. Gente boa e gente má. A boa continua comigo e continuará sempre e para sempre. A má não existe mais. São apenas partículas de uma ilusão que nunca teve alicerces, nem realidade. São móveis de uma casa, cobertos pelo pó, efémeros como os poemas de Eugénio de Andrade, mas nunca esquecidos, para que o futuro se advinhe risonho, porque a lição nunca é totalmente aprendida, mas nunca é esquecida.
Não tenho nada para escrever porque só me vem a inspiração quando me sinto deprimido o suficiente para guardar tudo para um teclado e um ecrã. Simplesmente porque ele não fala, não sente e quando se comete algum erro, apaga-se facilmente. Que não se apague a minha alegria, tão facilmente, Cause this life is to short to live it just for u.
Sunday, May 16, 2004
Tu que vagueias de noite sem rumo ou direcção, que marchas contra o tempo sem nunca olhares para trás, que és forte e me prometes um lugar entre a corrente que tenta arrastar-me, que me protege de todos e apenas de aqueles que me tentam afogar com palavras ditas à pressa e risos despercebidos e inúteis.
Dizem que não posso empregar adjectivos às palavras, dizem que implemento conceitos, dizem muita coisa. O teclado corre por cima da minha mente, que se arrasta já a altas horas.
Lá fora tudo brilha. Há uma beta que acaba de dar o primeiro beijo de muitos, no gajo pelo qual chora todas as noites e que ainda a vai tesrpassar com uma qualquer, muitas vezes, só para que ela continue a ter motivo parar chorar, há um homem que veste um vestido vermelho e quando as luzes brilham já é a Madonna e sente-se ali mesmo concretizada, porque a felicidade é passageira e ele sabe-o, por isso dança, para trás e para a frente, "Just Like a Vigin", sempre na esperança de ser reconhecido e não conhecido ao ponto de o filho o ver na capa de uma dessas revistas com pouca tiragem e que ninguém compra, com uma cabeleira loira. Hà ainda uma mãe. Uma qualquer que ri, satisfeita, a ver o "Chocolate Com Pimenta", enquanto o filho acalma a sua dor com o chizato das aulas de Educação Visual.
Tu que não te apercebes disto e de me dás a mão quando o absinto já sente por mim, que grita comigo apenas porque sou parvo o suficiente para acreditar que toda a gente consegue ser boa, que me abres o coração quando eu acredito que todos merecemos uma hipótese, tu que gostas do que eu sou e não do que tento ser, tu que me sentes e não me deixas ficar para trás, mesmo quando digo que quero e fujo.
Não me percas. Leva-me contigo e faz-me continuar a ser mais e sempre melhor, a teu lado, para que possa ser também e por várias vezes, Cavaleiro Andante e não olhar para trás e recordar todas aquelas coisas más.
Tu que não conheces a prodidão da vida, que bebes como se fosse a primeira da última gota, que me ouve quando já a minha alma pede para me calar, que me sente e não me mente, que fica comigo e enfrenta tudo e de vez em quando tdos, apenas por mim, não me percas. Faz-me acreditar que as hipóteses são pa todas e pa nenhuns e que eu ainda faço parte do todos, faz-me buscar o melhor de mim para que eu possa ver o melhor de ti, faz-me cantar todas as manhãs quando apenas quiser ouvir o barulho pleno do motor do Fiat Uno a chegar, reparar naquele riso hipócrita algures no Bar e na professora que nos julga mimados apenas porque andou numa Universidade Estatal.
Tu que vives muitas vezes para mim, que jantas em minha casa, que já partilhou comigo o mesmo acordar, vezes sem conta, que me abraça quando tudo vai correr bem e me impede quando tudo corre mal. Que me alimenta a espeança do amor impossível, da vida impossível, do choro impossível, nesta vida impossível, não me percas, porque eu não largarei a mão, poderei apenas dar a outra mão a alguém que ma estenda, também, mas ficarás sempre aqui, do meu lado esquerdo, que é onde ficam todos aqueles que me desiludiram, mas souberam continuar a desiludir-me com uma nova gargalhada, com um novo abraço, com um novo aviso, com um novo olhar.
Dizem que a escrita revela tudo aquilo que sentimos.Eu digo que apenas revela parte de mim, porque a outra, ainda nem eu a descobri, mas sei que existe, algures. O meu texto dá voltas, fix--se em todos os pontos, sem se centrar num único aspecto, porque a vida não é, nem pode ser simplista. O teclado, afinal é lento, o corpo só quer dançaqr, a mente só quer descansar.
tu que vagueias por aí, sem nunca te esqueceres, entras em casa porque te dei a chave que nunca te pertenceu, que me impedes de romantizar a vida, porque ela é negra e preversa, que vasculhas no meu frigorífico e nas minha s torrradas, cura para a tua fome de amor, tu que me queres na cama a recitar poemas e a cantar uma música qualquer Nelly Furtado, tu que me levas a passear e me fazes esquecer que o vento corta a minha mão, tu que não tens vergonha de seres o que és, apenas porque eu sou o que posso ser. Tu que te preocupas e me ofereces protecção para todas as doenças, ou quase todas e em buscas em todas as caras um novo TU!
Sim, tu que me ajudas, que me dizes quando erro, e por vezes quando acerto, que me trazes presentes do Brasil e me deixas sozinho numa dessas noites da queima e fazes com que leve tesouradas apenas por olhar para ti. Tu que estás aqui e aqui ficarás, nunca me percas, porque eu nunca te perdi e jamais o conseguirei fazer.*
Dizem que não posso empregar adjectivos às palavras, dizem que implemento conceitos, dizem muita coisa. O teclado corre por cima da minha mente, que se arrasta já a altas horas.
Lá fora tudo brilha. Há uma beta que acaba de dar o primeiro beijo de muitos, no gajo pelo qual chora todas as noites e que ainda a vai tesrpassar com uma qualquer, muitas vezes, só para que ela continue a ter motivo parar chorar, há um homem que veste um vestido vermelho e quando as luzes brilham já é a Madonna e sente-se ali mesmo concretizada, porque a felicidade é passageira e ele sabe-o, por isso dança, para trás e para a frente, "Just Like a Vigin", sempre na esperança de ser reconhecido e não conhecido ao ponto de o filho o ver na capa de uma dessas revistas com pouca tiragem e que ninguém compra, com uma cabeleira loira. Hà ainda uma mãe. Uma qualquer que ri, satisfeita, a ver o "Chocolate Com Pimenta", enquanto o filho acalma a sua dor com o chizato das aulas de Educação Visual.
Tu que não te apercebes disto e de me dás a mão quando o absinto já sente por mim, que grita comigo apenas porque sou parvo o suficiente para acreditar que toda a gente consegue ser boa, que me abres o coração quando eu acredito que todos merecemos uma hipótese, tu que gostas do que eu sou e não do que tento ser, tu que me sentes e não me deixas ficar para trás, mesmo quando digo que quero e fujo.
Não me percas. Leva-me contigo e faz-me continuar a ser mais e sempre melhor, a teu lado, para que possa ser também e por várias vezes, Cavaleiro Andante e não olhar para trás e recordar todas aquelas coisas más.
Tu que não conheces a prodidão da vida, que bebes como se fosse a primeira da última gota, que me ouve quando já a minha alma pede para me calar, que me sente e não me mente, que fica comigo e enfrenta tudo e de vez em quando tdos, apenas por mim, não me percas. Faz-me acreditar que as hipóteses são pa todas e pa nenhuns e que eu ainda faço parte do todos, faz-me buscar o melhor de mim para que eu possa ver o melhor de ti, faz-me cantar todas as manhãs quando apenas quiser ouvir o barulho pleno do motor do Fiat Uno a chegar, reparar naquele riso hipócrita algures no Bar e na professora que nos julga mimados apenas porque andou numa Universidade Estatal.
Tu que vives muitas vezes para mim, que jantas em minha casa, que já partilhou comigo o mesmo acordar, vezes sem conta, que me abraça quando tudo vai correr bem e me impede quando tudo corre mal. Que me alimenta a espeança do amor impossível, da vida impossível, do choro impossível, nesta vida impossível, não me percas, porque eu não largarei a mão, poderei apenas dar a outra mão a alguém que ma estenda, também, mas ficarás sempre aqui, do meu lado esquerdo, que é onde ficam todos aqueles que me desiludiram, mas souberam continuar a desiludir-me com uma nova gargalhada, com um novo abraço, com um novo aviso, com um novo olhar.
Dizem que a escrita revela tudo aquilo que sentimos.Eu digo que apenas revela parte de mim, porque a outra, ainda nem eu a descobri, mas sei que existe, algures. O meu texto dá voltas, fix--se em todos os pontos, sem se centrar num único aspecto, porque a vida não é, nem pode ser simplista. O teclado, afinal é lento, o corpo só quer dançaqr, a mente só quer descansar.
tu que vagueias por aí, sem nunca te esqueceres, entras em casa porque te dei a chave que nunca te pertenceu, que me impedes de romantizar a vida, porque ela é negra e preversa, que vasculhas no meu frigorífico e nas minha s torrradas, cura para a tua fome de amor, tu que me queres na cama a recitar poemas e a cantar uma música qualquer Nelly Furtado, tu que me levas a passear e me fazes esquecer que o vento corta a minha mão, tu que não tens vergonha de seres o que és, apenas porque eu sou o que posso ser. Tu que te preocupas e me ofereces protecção para todas as doenças, ou quase todas e em buscas em todas as caras um novo TU!
Sim, tu que me ajudas, que me dizes quando erro, e por vezes quando acerto, que me trazes presentes do Brasil e me deixas sozinho numa dessas noites da queima e fazes com que leve tesouradas apenas por olhar para ti. Tu que estás aqui e aqui ficarás, nunca me percas, porque eu nunca te perdi e jamais o conseguirei fazer.*
Wednesday, May 12, 2004
Sombra
N percebo. Não percebo porque é que não consegui ser sincero com estas pessoas que me estenderam a mão, que mostraram ao meu lado, independentemente do que acontecesse, independentemente do que alguem dissesse, independentemente do que eu fizesse.
Pequeno, frágil, triste é assim que me sinto, porque são tantas a svezes em que sou mal interpretado, em que as pessoas me julgam porque me rio e choro ao mesmo tempo, porque sinto a vida a fugir-me, a correr mais depressa do que eu e tenho medo de ficar sozinho...Por isso rodeio-me do máximo de gente possível, para tentar esquecer que não consegui amar, quem já me teve, nos braços, na alma, no ser.
O estômago dá voltas, peço para que a música não acabe já, porque eu tenho de continuar embriagdao neste sentimento que me faz querer ser mais do que eu, que me impede que salte do 12 andar e acabe com este sofrimento que tantas vezes a vida me provoca.
Que sou fraco, que sou sensível, que sou o que toda a gente quiser, mas porquê de me tentarem por rótulos, de me julgarem, de me tentarem diminuir?
Luto contra isto todos os dias da minha vida e em todos os eles, salvo raras excepções, vejo-me a falhar. Que fado, porque me parece tudo tão cinzento, quando o sol brilha lá fora?Não quero ir treinar, não enfrentar ninguém, não quero ter de ser como toda a gente, não quero deixar de cantar todas as manhãs, não quero ter de gostar de quem não gosto e do que não gosto.
Achava que já tinha ultrapassado tudo, que tinha vencido esta batalha que tanto se advinha, que tanto me arrasa, mas volta sempre ao início.
Quantas vezes terei de passar por cima dos outros e de mim mesmo?Quantas vezes vou acordar sozinho sem ninguém que me abrace e me diga que vai correr tudo bem?
Afinal porque choro? Por continuo a ser eu? Afinal porque vivo? Não quero perguntas, quero apenas sentir este vazio, que de tantas vezes me acompanhar, se tornou na minha sombra...E sempre que tento fazer alguma coisa bem, algo corre mal e sempre que tento sorrir alguém me deita abaixo e sempre que tento amar, alguém foge. Vou fugir também
N percebo. Não percebo porque é que não consegui ser sincero com estas pessoas que me estenderam a mão, que mostraram ao meu lado, independentemente do que acontecesse, independentemente do que alguem dissesse, independentemente do que eu fizesse.
Pequeno, frágil, triste é assim que me sinto, porque são tantas a svezes em que sou mal interpretado, em que as pessoas me julgam porque me rio e choro ao mesmo tempo, porque sinto a vida a fugir-me, a correr mais depressa do que eu e tenho medo de ficar sozinho...Por isso rodeio-me do máximo de gente possível, para tentar esquecer que não consegui amar, quem já me teve, nos braços, na alma, no ser.
O estômago dá voltas, peço para que a música não acabe já, porque eu tenho de continuar embriagdao neste sentimento que me faz querer ser mais do que eu, que me impede que salte do 12 andar e acabe com este sofrimento que tantas vezes a vida me provoca.
Que sou fraco, que sou sensível, que sou o que toda a gente quiser, mas porquê de me tentarem por rótulos, de me julgarem, de me tentarem diminuir?
Luto contra isto todos os dias da minha vida e em todos os eles, salvo raras excepções, vejo-me a falhar. Que fado, porque me parece tudo tão cinzento, quando o sol brilha lá fora?Não quero ir treinar, não enfrentar ninguém, não quero ter de ser como toda a gente, não quero deixar de cantar todas as manhãs, não quero ter de gostar de quem não gosto e do que não gosto.
Achava que já tinha ultrapassado tudo, que tinha vencido esta batalha que tanto se advinha, que tanto me arrasa, mas volta sempre ao início.
Quantas vezes terei de passar por cima dos outros e de mim mesmo?Quantas vezes vou acordar sozinho sem ninguém que me abrace e me diga que vai correr tudo bem?
Afinal porque choro? Por continuo a ser eu? Afinal porque vivo? Não quero perguntas, quero apenas sentir este vazio, que de tantas vezes me acompanhar, se tornou na minha sombra...E sempre que tento fazer alguma coisa bem, algo corre mal e sempre que tento sorrir alguém me deita abaixo e sempre que tento amar, alguém foge. Vou fugir também
Sunday, May 09, 2004
A conta já chegou e com ela as perguntas, castigos e problemas. Já nem me lembrava que tinha passado horas ao telefone contigo, afinal a base da nossa relação. Será sempre assim? Depois desta semana cheia de altos e baixos, de alcóol verdadeiro, de amigos reecontrados e alguns confirmados dou por mim a pensar em ti. A minha pergunta será válida?O facto de me ter esquecido de ti durante este tempo em que os Toranja me embalaram e os Xutos e Pontapés me fizeram saltar, faz-me rever tudo. A verdade é que o sentimneto diminuiu, porque eu não te tive ao meu lado quando precisei, porque tu elaboras equações acerca da minha pessoa, quando já devias conhecer a minha alma e a verdade também, é que isto magoa. A mim, a ti, a nós.
terá muito a pouco a ver com a pressão que senti por parte de antigas e novas pessoas, tem a ver com o medo de n conseguir dar aquilo que fazes por merecer e que é justo teres.
Quero que voltes, amanhã, hoje, agora. Quero voltar a sentir o teu xeiro, a sentir o teu olhar sobre o meu, a deixar me levar pela tua voz, pelas tuas mãos, pela tua boca...Quero voltar a sentir aquilo que senti e que acredito que ainda posso voltar a sentir, porque ainda bate alguma coisa cá dentro, não tão forte, não tão apaixonada, não tao feliz, mas alguma coisa. Podemos voltar a sentir o que ainda não vivemos?Na altura em que te propûs aquilo que tu querias viver, fui honesto encoberto por aquele sentimento que nos ligava.Agora, não sei o que te dizer, não sei o que hei-de viver, sei apenas é que espero por ti, para pôr à prova toda aquela magia que espero não se ter perdido...
Vais ficar triste, mas eu já estou o suficiente por nós. Porque sei que fizeste tudo que podias, mas também sei que tinha de ser sincero, agora que a euforia da festa que elevou a minha vida levantou, para que eu conseguisse rever a luz que ocasionalmente me deixa ler o passado.Vamos ser futuro?
Sinto-me tão pequeno, fraco, frustrado, impotente, porque te deixei ir, porque não te agarrei e obriguei a ficar...
Espero que te consiga reaver quando voltares, se ainda tiveres disposto a isso, se eu ainda tiver disposto a isso, se nós ainda tivermos dispostos a isso.
terá muito a pouco a ver com a pressão que senti por parte de antigas e novas pessoas, tem a ver com o medo de n conseguir dar aquilo que fazes por merecer e que é justo teres.
Quero que voltes, amanhã, hoje, agora. Quero voltar a sentir o teu xeiro, a sentir o teu olhar sobre o meu, a deixar me levar pela tua voz, pelas tuas mãos, pela tua boca...Quero voltar a sentir aquilo que senti e que acredito que ainda posso voltar a sentir, porque ainda bate alguma coisa cá dentro, não tão forte, não tão apaixonada, não tao feliz, mas alguma coisa. Podemos voltar a sentir o que ainda não vivemos?Na altura em que te propûs aquilo que tu querias viver, fui honesto encoberto por aquele sentimento que nos ligava.Agora, não sei o que te dizer, não sei o que hei-de viver, sei apenas é que espero por ti, para pôr à prova toda aquela magia que espero não se ter perdido...
Vais ficar triste, mas eu já estou o suficiente por nós. Porque sei que fizeste tudo que podias, mas também sei que tinha de ser sincero, agora que a euforia da festa que elevou a minha vida levantou, para que eu conseguisse rever a luz que ocasionalmente me deixa ler o passado.Vamos ser futuro?
Sinto-me tão pequeno, fraco, frustrado, impotente, porque te deixei ir, porque não te agarrei e obriguei a ficar...
Espero que te consiga reaver quando voltares, se ainda tiveres disposto a isso, se eu ainda tiver disposto a isso, se nós ainda tivermos dispostos a isso.
Friday, April 23, 2004
É incrível como as pessoas se enganam, umas em relação às outras. E quando nos damos conta e finalmente acordamos para a realidade que esteve escondida apenas porque tinhamos os olhos fechados, constatamos que nada é como sempre haviamos pintado, ou sequer sonhado.
De vez em quando faço coisas das quais me arrependo, viro-me e não vejo a luz que ocasionalmente me guia, tento apagar o mal feito, olho para a pessoa que acorda ao meu lado e não sei quem é, de onde veio ou qual é a cor que mais gosta de usar, quando veste a camisola, uma qualquer. E fujo, porque parte de mim fica ali comigo, porque só acordo quando realmente me sinto magoado o suficiente para dizer para mim próprio "Acabou, tudo o que puder advir daqui, só será pior".
O problema é um e concentra-se todo no facto de nós conseguirmos esquecer o passado, mas ele, de facto, nunca se esquece de nós e de repente damos de caras com ele, numa dessas discotecas que escolhem as pessoas pela cor dos sapatos e prometem diversão até não se conseguir beber mais. Acontece tudo de repente, no meio do nada e fechamos os olhos, para quando os abrirmos sabermos que ele ainda vai lá estar.
São poucas as coisas que de facto me arrependo de ter feito. Podia-me desculpar que foi fruto das circunstâncias, dos medos, do meu mal estar, do alcóol no sangue, mas não. Não me desculpo, porque sei quando errei, assim como também sei que são poucas as vezes que se erra sozinho. È como no tango, não se dança sózinho. Do que mais me arrependo contam-se as vezes em que prestei atenção a quem não merecia, daquela vez que me deixei ir, apenas porque me sentia tão no fundo que achava que mais baixo nao conseguiria ir, ou daquela vez que tentei amar alguém e ultrapassei, aos outros e a mim, que é sempre o mais difícil. Depois sou imaturo e arrogante porque sou capaz de assumir que errei e porque finalmente acordei...mas como eu já disse, só acordo quando tudo a minha volta é flácido e inanimado.
O problema das pessoas, não de todas, talvez até seja o meu, o teu e o dele, mas talvez seja o de terem tido sempre tudo aquilo que quiseram e desejaram.
Quem me conhece bem, sabe que são raras as vezes que me entrego facilmente, mas que quando isso acontece, é algo de tão real que se pode sentir, cheirar e tocar. Não se perde aquilo que não se quer ter.
De vez em quando faço coisas das quais me arrependo, viro-me e não vejo a luz que ocasionalmente me guia, tento apagar o mal feito, olho para a pessoa que acorda ao meu lado e não sei quem é, de onde veio ou qual é a cor que mais gosta de usar, quando veste a camisola, uma qualquer. E fujo, porque parte de mim fica ali comigo, porque só acordo quando realmente me sinto magoado o suficiente para dizer para mim próprio "Acabou, tudo o que puder advir daqui, só será pior".
O problema é um e concentra-se todo no facto de nós conseguirmos esquecer o passado, mas ele, de facto, nunca se esquece de nós e de repente damos de caras com ele, numa dessas discotecas que escolhem as pessoas pela cor dos sapatos e prometem diversão até não se conseguir beber mais. Acontece tudo de repente, no meio do nada e fechamos os olhos, para quando os abrirmos sabermos que ele ainda vai lá estar.
São poucas as coisas que de facto me arrependo de ter feito. Podia-me desculpar que foi fruto das circunstâncias, dos medos, do meu mal estar, do alcóol no sangue, mas não. Não me desculpo, porque sei quando errei, assim como também sei que são poucas as vezes que se erra sozinho. È como no tango, não se dança sózinho. Do que mais me arrependo contam-se as vezes em que prestei atenção a quem não merecia, daquela vez que me deixei ir, apenas porque me sentia tão no fundo que achava que mais baixo nao conseguiria ir, ou daquela vez que tentei amar alguém e ultrapassei, aos outros e a mim, que é sempre o mais difícil. Depois sou imaturo e arrogante porque sou capaz de assumir que errei e porque finalmente acordei...mas como eu já disse, só acordo quando tudo a minha volta é flácido e inanimado.
O problema das pessoas, não de todas, talvez até seja o meu, o teu e o dele, mas talvez seja o de terem tido sempre tudo aquilo que quiseram e desejaram.
Quem me conhece bem, sabe que são raras as vezes que me entrego facilmente, mas que quando isso acontece, é algo de tão real que se pode sentir, cheirar e tocar. Não se perde aquilo que não se quer ter.
Monday, April 19, 2004
E eu só queria que voltasses para trás e abraçar-te para sempre, dizer-te que não voltasses para esse país escuro e sem cor, onde as pessoas são tudo menos o que parecem ser e quem as governa vive no outro lado do Oceano. No fundo, tenho medo de te perder e de me perder de ti, de não aproveitar todos os momentos breves e tal vez por isso sublimes, para te dizer o quanto já gosto de ti, embora não conheça todos os cantos do teu pensamento nem o ritmo da tua alma.
E fico assim, perdido na imagem que criei de ti, nos momentos que nunca passamos e nos pensamentos que ainda haviamos de criar...vou-me agarrar aos textos que dizem mais do que muitas palavras, apenas porque não esperam nada de mim e incompreensivelmente, isso traz-me algum conforto.
Quanto tempo vou estar sem a tua presença? Quantos dias o sol não vais mais brilhar, quantos dias não irei continuar agarrado à ilusão que desenhei para nós? Estou perfeitamente consciente que nunca irias ser tudo o que eu queria que fosses, mas torna-me fraco a ideia de que chegava tudo o que és e não vais estar aqui para partilhares comigo esse teu mundo, que haveria de ser também, meu.
Às vezes dá-me medo achar que te encontrei e depois olho para o nosso passado e vejo que ele não existe, reparo no prsente e já me passou ao lado e quanto ao futuro, será que ele aquenta?Será que eu aguento?Será que tu aguentas?Mas eu só queria que nos aguentassemos.
I don´t know about tomorrow, but today i m no longuer lost in translation. I´m lost in that moment, where everything was far away to be perfect, but where i was safe from harm, just because i was holding your soul in my hand. I believe it was a moment in time, i believe i will never forget it, i believe i don´t want to forget you.
"Then i see you standing there wanting more from me, and all i can do is Try"
I will Try.
E fico assim, perdido na imagem que criei de ti, nos momentos que nunca passamos e nos pensamentos que ainda haviamos de criar...vou-me agarrar aos textos que dizem mais do que muitas palavras, apenas porque não esperam nada de mim e incompreensivelmente, isso traz-me algum conforto.
Quanto tempo vou estar sem a tua presença? Quantos dias o sol não vais mais brilhar, quantos dias não irei continuar agarrado à ilusão que desenhei para nós? Estou perfeitamente consciente que nunca irias ser tudo o que eu queria que fosses, mas torna-me fraco a ideia de que chegava tudo o que és e não vais estar aqui para partilhares comigo esse teu mundo, que haveria de ser também, meu.
Às vezes dá-me medo achar que te encontrei e depois olho para o nosso passado e vejo que ele não existe, reparo no prsente e já me passou ao lado e quanto ao futuro, será que ele aquenta?Será que eu aguento?Será que tu aguentas?Mas eu só queria que nos aguentassemos.
I don´t know about tomorrow, but today i m no longuer lost in translation. I´m lost in that moment, where everything was far away to be perfect, but where i was safe from harm, just because i was holding your soul in my hand. I believe it was a moment in time, i believe i will never forget it, i believe i don´t want to forget you.
"Then i see you standing there wanting more from me, and all i can do is Try"
I will Try.
Sunday, April 18, 2004
Eu já não sou eu. É sempre assim, nestes dias de inspiração apagada. Tento dizer o que me vai na alma, mas a única coisa que trago cá para fora é o enorme vazio que nela habita. São noites frias em que só me apetece ser aconchegado por um olhar que me levasse para o país da Paz, onde não seria mais tormentado por guerras e ódios que até hoje, não sei bem onde começaram.
Faz-me mal o estado do mundo. Faz-me mal o estado do país. Faz-me mal a falta de atanção que a música portuguesa recebe das rádios e afins, faz-me mal o estado da televisão portuguesa onde se cultiva o culto da humilhação e a falta de amor prórprio, faz-me mal estares longe, sem que eu consiga sentir a tua respiração por 5 segundos, faz-me mal não sentir o calor da tua lingua ou a vontade das tuas mãos.
Afinal, porque é que não estás ao meu lado? Porque não te encontro numa dessas ruas sujas e gastas da Ribeira, ou mesmo a passear à beira-mar na Foz?Porque me foges, porque me escapas quando já tinha feito contas que te tinha apanhado nas minhas teias de subtração?
É meia-noite e ainda não chegas-te, será que chegas?
Faz-me mal o estado do mundo. Faz-me mal o estado do país. Faz-me mal a falta de atanção que a música portuguesa recebe das rádios e afins, faz-me mal o estado da televisão portuguesa onde se cultiva o culto da humilhação e a falta de amor prórprio, faz-me mal estares longe, sem que eu consiga sentir a tua respiração por 5 segundos, faz-me mal não sentir o calor da tua lingua ou a vontade das tuas mãos.
Afinal, porque é que não estás ao meu lado? Porque não te encontro numa dessas ruas sujas e gastas da Ribeira, ou mesmo a passear à beira-mar na Foz?Porque me foges, porque me escapas quando já tinha feito contas que te tinha apanhado nas minhas teias de subtração?
É meia-noite e ainda não chegas-te, será que chegas?
Monday, April 12, 2004
Tempos houve em que tinha fé. Em que a viagem da minha consciência até lugares divinos e mais ao menos inalcancáveis, era curta e rápida. COm o passar do tempo, com o passar dos anos, com o passar das experiências e vivências, a minha fé foi-se desgastando. Aprendi que a religião que seguia e acreditava, apoiava-se em bases pouco sólidas, que era descriminatória, contraditória, egoísta e lenta.
Durante anos a fio perseguiu centenas de gente, inventou guerras e mortes e conquistou meio mundo, com palavras inocentes e fingidas. Como é possível ainda haver gente que tem fé é coisa de admirar, principalmente fé numa igreja que não apoia os contraceptivos, que ficou agarrada às mais variadas memórias e descrimina aqueles que não conseguem ser iguais a todos, apenas porque são diferentes.
Ontem eu perdi toda e qualquer ponta de fé que poderia ainda concentrar em mim. A minha utopia, a minha ilusão desabou. Ontem percebi finalmente que o mundo nunca irá rodar para o mesmo lado, que a guerra fará invariavelmente parte da nossa constante história, independentemente dos avanços da nossa civilização e sociedade. A verdade é que não conseguimos conviver e vi ontem a prova fixa e real da minha afirmação. As duas pessoas que mais estimo neste mundo, sangue do meu sangue, vivem divididas por entre ódios e desamores, antigos e recentes, procurando na infelicidade da outra a resposta para a sua vida e quando procuram demasiado, encontram-se, chocam e explodem.
São sangue do meu sangue, lágrima da minha lágrima, mundo do meu mundo. São pessoas que me amam, mas não encontraram ou perderam a maneira de exprimirem o amor que sentem uma pela outra. Que fé posso eu depositar no governo americano e iraquiano pela paz no mundo, se duas pessoas que gostam, sentem e partilham toda uma corrente de vivências não o conseguem? E que fazer quando se está no meio? Apetece fugir, correr e nunca mais aparecer, porque é dura a realidade de que o mundo nunca vai ser o local mágico e seguro que sempre sonhamos, mas doi mais quando concluímos que dentro do nosso seio familiar, onde tudo deveria ser mais fácil, essa paz também não existe.
Não sei bem quando começou isto tudo, mas há já muito que me encontro entre a desunião das pessoas que me estão próximas, ouvindo parte a parte, fazendo tudo o que mé possível para voltar ajuntar peças de um puzzle que se desencaixaram, mas que se fazer quando perdoar se torna difícil? Aprendi que Jesus perdoou, então porque não nos deu coragem para isso?Aprendi que Jesus amou, então porque não nos deu coração suficientemente grande para tal?Aprendi que o mais pequeno Homem era capaz de mudar o curso da história, então porque é que ninguém nos dá ouvidos?
Um amigo próximo dizia-me que não acredita em Deus porque nunca o sentiu. A verdade é que eu nunca senti fervura da neve na minha cara e sei que ela existe, algures. Não acredito, nem deixo de acreditar, apenas me desviei completamente desse tema, hoje e agora. Tal como mencionava Descartes,"só existem duas coisas que não devem ser postas em causa", uma delas seria Deus.
Eu deixei de o pôr em causa, para o pôr de parte, não porque de todas as vezes que lhe pedi ajuda ele não me ajudou, não porque nunca se mostrou, apenas porque me queimou os olhos com uma verdade tão dura e tão pouco evidente, que nunca mais serei capaz de olhar o mundo com os ohos de uma criança, que já não sou, mas tantas vezes sonho em voltar a ser.
Durante anos a fio perseguiu centenas de gente, inventou guerras e mortes e conquistou meio mundo, com palavras inocentes e fingidas. Como é possível ainda haver gente que tem fé é coisa de admirar, principalmente fé numa igreja que não apoia os contraceptivos, que ficou agarrada às mais variadas memórias e descrimina aqueles que não conseguem ser iguais a todos, apenas porque são diferentes.
Ontem eu perdi toda e qualquer ponta de fé que poderia ainda concentrar em mim. A minha utopia, a minha ilusão desabou. Ontem percebi finalmente que o mundo nunca irá rodar para o mesmo lado, que a guerra fará invariavelmente parte da nossa constante história, independentemente dos avanços da nossa civilização e sociedade. A verdade é que não conseguimos conviver e vi ontem a prova fixa e real da minha afirmação. As duas pessoas que mais estimo neste mundo, sangue do meu sangue, vivem divididas por entre ódios e desamores, antigos e recentes, procurando na infelicidade da outra a resposta para a sua vida e quando procuram demasiado, encontram-se, chocam e explodem.
São sangue do meu sangue, lágrima da minha lágrima, mundo do meu mundo. São pessoas que me amam, mas não encontraram ou perderam a maneira de exprimirem o amor que sentem uma pela outra. Que fé posso eu depositar no governo americano e iraquiano pela paz no mundo, se duas pessoas que gostam, sentem e partilham toda uma corrente de vivências não o conseguem? E que fazer quando se está no meio? Apetece fugir, correr e nunca mais aparecer, porque é dura a realidade de que o mundo nunca vai ser o local mágico e seguro que sempre sonhamos, mas doi mais quando concluímos que dentro do nosso seio familiar, onde tudo deveria ser mais fácil, essa paz também não existe.
Não sei bem quando começou isto tudo, mas há já muito que me encontro entre a desunião das pessoas que me estão próximas, ouvindo parte a parte, fazendo tudo o que mé possível para voltar ajuntar peças de um puzzle que se desencaixaram, mas que se fazer quando perdoar se torna difícil? Aprendi que Jesus perdoou, então porque não nos deu coragem para isso?Aprendi que Jesus amou, então porque não nos deu coração suficientemente grande para tal?Aprendi que o mais pequeno Homem era capaz de mudar o curso da história, então porque é que ninguém nos dá ouvidos?
Um amigo próximo dizia-me que não acredita em Deus porque nunca o sentiu. A verdade é que eu nunca senti fervura da neve na minha cara e sei que ela existe, algures. Não acredito, nem deixo de acreditar, apenas me desviei completamente desse tema, hoje e agora. Tal como mencionava Descartes,"só existem duas coisas que não devem ser postas em causa", uma delas seria Deus.
Eu deixei de o pôr em causa, para o pôr de parte, não porque de todas as vezes que lhe pedi ajuda ele não me ajudou, não porque nunca se mostrou, apenas porque me queimou os olhos com uma verdade tão dura e tão pouco evidente, que nunca mais serei capaz de olhar o mundo com os ohos de uma criança, que já não sou, mas tantas vezes sonho em voltar a ser.
Thursday, April 08, 2004
Piii, 07:00 Horas e o despertador a ordenar que Evaristo se levantasse da cama. Tem vinte anos, mãos calejadas pelo trabalho que a vida lhe foi proporcionando e rugas de alguém com pelo menos mais dez anos, fruto de dois filhos que achavam que a melhor maneira de combater a dor de ouvidos era gritarem o mais alto possível.
Evaristo abre os olhos e volta-os a fechar. "Merda de vida, pra quê acordar?", pensa para si próprio. Longe iam os tempos em que a sua vida se fundia e confundia entre a realidade e o sonho, em que a vida não era mais do que um jogo de berlindes ou uma noite bem passada na folia bairrista do Santo António.
Casara-se novo, para fugir a um trabalho de escravo, mas depressa se apercebeu que era apenas mudança de patrão.
Voltou a abrir os olhos e viu a mulher com quem se casara. Fora tão depressa que ainda não tivera tempo para a conhecer. Vigiou-a durante alguns segundos a dormir o seu quinto sono devido à licença de pós-parto. Levantou-se, vestiu a farda do restaurante onde fazia quase tudo, passou pelo quarto das duas coisas que mais amava neste mundo e que procurava cuidar como nunca o tinham criado; empregou toda a sua ternura num beijo paterno e dirigiu-se para o emprego.
"Despacha-te que tens muito trabalho", lembrava-lhe o supervisor, quelhe fazia vir à memória o seu patrão de infância que muito lhe exigia e pouco lhe pagava.
Os dias de Evaristo eram muito semelhantes. Cumpria com aquilo que lhe era exigido, para no dia seguinte acordar para a mesma realidade. Deixara de sonhar, deixara de colher flores ou de escrever cartas imaginárias à sua mãe. Deixara de ser resignado, deixara de ser inocente, deixara de ser tudo para conseguir ser aquilo que sonha que devia ser, um bom chefe de família.
Mas tudo isto desapareceu para bem longe quando ela entrou. O dia era feio e cinzento, daqueles em que não apetece sair de casa, mas tudo lhe pareceu mais luminoso quando ela entrou, tudo lhe sorriu, tudo fez sentido e deixou de ouvir o resto dos clientes ou o patrão que muitas vezes parecia não ter coração para se centrar naquela mulher.
De repente parecia a mesma criança ingénua que ficava fascinada com tudo o que a cidade lhe oferecia. Ficou fascinado com o que ela fazia e pela energia que roubava a tudo o que era ser humano à sua volta. Sentiu-se fascinado pela forma como pediu um simples "cachorro especial à moda da casa", mas principalmente pela mala igual (sera mesmo?) à que a sua mãe sempre usara e por uns olhos azuis, profundos como o mar e sentiu-se ali memso a afundar e esperou nunca mais acordar. Foi amor instântaneo, daqueles próprios de novela mexicana, sentindo-se ainda mais encorajado pelo facto de ela vir sozinha.
Não compreendia bem o porquê daquele sentimento, mas que tinha a ver com a forma como olhava tudo à sua volta, tinha. Lembrava-lhe a mãe, dotada de um olhar vazio que nunca se perdia e o facto de ter uma carteira "Jean- Paul Gautier" falsificada, igual à da sua mãe, ainda intensificava mais esta proximidade.
A vida de Evaristo começou a fzer sentido. Já não era o despertador que o acordava, mas sim a rotina, na esperança de a voltar a ver. Continuou a amar os filhos, mas passou a ouvir a mulher apenas quando esta ressonava como se de um camião se tratasse. Ao seu lado Evaristo sonhava em tocar aquela mulher, em tê-la para si e só para si. Quando acordava sentia os seus dedos a tocar a luz da manhã como se da primeira vez se tratasse. "Eu estou vivo", afirmava. E de facto estava.
O seu objecto de fascínio voltava várias vezes ao restaurante e todas as vezes Evaristo respirava um novo ar e parecia ter, realmente, vinte anos.
Voltou a sonhar, a viver por entre as pequenas alegrias da vida e das flores que desenhava no seu coração, para mais tarde, em sonhos, as entregar.
Voltou a desenhar na sua imaginação cartas à mãe e voltou a sentir a sua presença e todas as vezes que via os olhos do seu objecto de fascínio, apaixonava-se novamente e sussurrava à mãe o quanto sentia, ainda, a sua falta.
Viveu o resto de alguns anos novamente entre o sonho e a realidade, onde não há limites, fronteiras e netre a saudade que sentia da mãe e o desejo carnal e profundo que sentia por aquela mulher que o fez acordar.
Nunca a conheceu, nunca soube se ela gostava das piadas do Raul Solnado, de passear no Chiado ou deixar milho às pombas que habitavam a cidade, mas também nunca passou a saudade que sentia da mãe para o mundo real. Decidiu, enfim, viver entre a memória da mãe e na ilusão que aquela mulher concentrava em si o reflexo de tudo aquilo que nunca havia tido, aquela mulher, afinal, era razão do seu acordar.
Evaristo abre os olhos e volta-os a fechar. "Merda de vida, pra quê acordar?", pensa para si próprio. Longe iam os tempos em que a sua vida se fundia e confundia entre a realidade e o sonho, em que a vida não era mais do que um jogo de berlindes ou uma noite bem passada na folia bairrista do Santo António.
Casara-se novo, para fugir a um trabalho de escravo, mas depressa se apercebeu que era apenas mudança de patrão.
Voltou a abrir os olhos e viu a mulher com quem se casara. Fora tão depressa que ainda não tivera tempo para a conhecer. Vigiou-a durante alguns segundos a dormir o seu quinto sono devido à licença de pós-parto. Levantou-se, vestiu a farda do restaurante onde fazia quase tudo, passou pelo quarto das duas coisas que mais amava neste mundo e que procurava cuidar como nunca o tinham criado; empregou toda a sua ternura num beijo paterno e dirigiu-se para o emprego.
"Despacha-te que tens muito trabalho", lembrava-lhe o supervisor, quelhe fazia vir à memória o seu patrão de infância que muito lhe exigia e pouco lhe pagava.
Os dias de Evaristo eram muito semelhantes. Cumpria com aquilo que lhe era exigido, para no dia seguinte acordar para a mesma realidade. Deixara de sonhar, deixara de colher flores ou de escrever cartas imaginárias à sua mãe. Deixara de ser resignado, deixara de ser inocente, deixara de ser tudo para conseguir ser aquilo que sonha que devia ser, um bom chefe de família.
Mas tudo isto desapareceu para bem longe quando ela entrou. O dia era feio e cinzento, daqueles em que não apetece sair de casa, mas tudo lhe pareceu mais luminoso quando ela entrou, tudo lhe sorriu, tudo fez sentido e deixou de ouvir o resto dos clientes ou o patrão que muitas vezes parecia não ter coração para se centrar naquela mulher.
De repente parecia a mesma criança ingénua que ficava fascinada com tudo o que a cidade lhe oferecia. Ficou fascinado com o que ela fazia e pela energia que roubava a tudo o que era ser humano à sua volta. Sentiu-se fascinado pela forma como pediu um simples "cachorro especial à moda da casa", mas principalmente pela mala igual (sera mesmo?) à que a sua mãe sempre usara e por uns olhos azuis, profundos como o mar e sentiu-se ali memso a afundar e esperou nunca mais acordar. Foi amor instântaneo, daqueles próprios de novela mexicana, sentindo-se ainda mais encorajado pelo facto de ela vir sozinha.
Não compreendia bem o porquê daquele sentimento, mas que tinha a ver com a forma como olhava tudo à sua volta, tinha. Lembrava-lhe a mãe, dotada de um olhar vazio que nunca se perdia e o facto de ter uma carteira "Jean- Paul Gautier" falsificada, igual à da sua mãe, ainda intensificava mais esta proximidade.
A vida de Evaristo começou a fzer sentido. Já não era o despertador que o acordava, mas sim a rotina, na esperança de a voltar a ver. Continuou a amar os filhos, mas passou a ouvir a mulher apenas quando esta ressonava como se de um camião se tratasse. Ao seu lado Evaristo sonhava em tocar aquela mulher, em tê-la para si e só para si. Quando acordava sentia os seus dedos a tocar a luz da manhã como se da primeira vez se tratasse. "Eu estou vivo", afirmava. E de facto estava.
O seu objecto de fascínio voltava várias vezes ao restaurante e todas as vezes Evaristo respirava um novo ar e parecia ter, realmente, vinte anos.
Voltou a sonhar, a viver por entre as pequenas alegrias da vida e das flores que desenhava no seu coração, para mais tarde, em sonhos, as entregar.
Voltou a desenhar na sua imaginação cartas à mãe e voltou a sentir a sua presença e todas as vezes que via os olhos do seu objecto de fascínio, apaixonava-se novamente e sussurrava à mãe o quanto sentia, ainda, a sua falta.
Viveu o resto de alguns anos novamente entre o sonho e a realidade, onde não há limites, fronteiras e netre a saudade que sentia da mãe e o desejo carnal e profundo que sentia por aquela mulher que o fez acordar.
Nunca a conheceu, nunca soube se ela gostava das piadas do Raul Solnado, de passear no Chiado ou deixar milho às pombas que habitavam a cidade, mas também nunca passou a saudade que sentia da mãe para o mundo real. Decidiu, enfim, viver entre a memória da mãe e na ilusão que aquela mulher concentrava em si o reflexo de tudo aquilo que nunca havia tido, aquela mulher, afinal, era razão do seu acordar.
Sunday, April 04, 2004
Acordo e não te vejo. Onde tás afinal?, ser surpreendente que lê nas entrelinhas da minha alma e redescobre o verdadeiro "eu" , muito de vez em quando.
Penso em ir ter contigo, sentir-te o xeiro e tentar olhar-te nos olhos a fim de descobrir o que me podes trazer de novo, como se já não tivesses trazido.
Não sei o que se passa, ou talvez saiba e não queira saber, como se o conhecimento me fosse trazer algo de revolucionário, magnético do qual eu não me conseguiria libertar e ficaria completamente dependente dele.
Pensar que passo por tudo novamente, que me volto a mergulhar por entre as paredes da ilusão a fim de com isso ganhar alguma paixão.
Sei onde estás, conheço-te a voz e a escrita, como se a vida pudesse ser descrita ou facilmente lida. Mas eu conservo-te dentro de mim, assim imortal e irreal, nos confins da minha alucinação, para que tu voes por entre a minha imaginação. Dá-me inspiração, dá-me sol, dá-me conforto, dá-me paz. Dá-me aquilo que eu preciso e aquilo que tu me puderes dar, porque o mundo nem sempre gira para o lado que nós queremos e eu nem sempre vou estar disponível para amar, como agora.
Penso em ir ter contigo, sentir-te o xeiro e tentar olhar-te nos olhos a fim de descobrir o que me podes trazer de novo, como se já não tivesses trazido.
Não sei o que se passa, ou talvez saiba e não queira saber, como se o conhecimento me fosse trazer algo de revolucionário, magnético do qual eu não me conseguiria libertar e ficaria completamente dependente dele.
Pensar que passo por tudo novamente, que me volto a mergulhar por entre as paredes da ilusão a fim de com isso ganhar alguma paixão.
Sei onde estás, conheço-te a voz e a escrita, como se a vida pudesse ser descrita ou facilmente lida. Mas eu conservo-te dentro de mim, assim imortal e irreal, nos confins da minha alucinação, para que tu voes por entre a minha imaginação. Dá-me inspiração, dá-me sol, dá-me conforto, dá-me paz. Dá-me aquilo que eu preciso e aquilo que tu me puderes dar, porque o mundo nem sempre gira para o lado que nós queremos e eu nem sempre vou estar disponível para amar, como agora.
Monday, March 29, 2004
Não te tenho, nem nunca te tive. Vivo neste medo de alguma vez te poder tocar e não gostar, de provar da essência da tua existência e ficar viciado, como se fica a tudo que não se tem portecção e se desconhece. Vives nas minhas noites, em que digo pouco daquilo que gostava de dizer, em que procuro me expôr o mínimo possível para que a ilusão permaneça, enfim, entre a nossa relação.
És o meu escape da vida fútil, és o meu peoma melancólico, és o meu sentimento dinâmico que se reconstroi e multiplica a cada palavra tua. Ès a mensagem que espero receber, és a pessoa que me faz esquecer, aqui e agora que sou metade daquilo que posso ser e mostro apenas aquilo que os outros não querem ver.
Para quê procurar-te, para que amar-te se não existes, não permaneces em mim, não respiras, não amas, não me magoas.
Em vez disso, conto-te os dilemas em que me envolvo e as pessoas que me persseguem. Falo-te de mim com abertura, mas com protecção exaustiva, afinal não te conheço o cheiro, não te conheço a voz, nem os dedos que imagino serem belos.
Perco-me entre as muralhas do que é arriscado dizer e aquilo que já disse a algumas pessoas que depois, e assim é o amor, se tornaram descrentes e provaram não serem capazes de lidar com os sentimentos que circundam a vida, nem de lutarem por aquilo que queriam, se é que alguma vez quiseram alguma coisa. Fracas de espírito, fracas de alma, fracas de sentimentos e honestidade que vivem para sugar a energia que as envolve como se o mundo tivesse sido criado para não lhes resistir. Fraco de mim, que também eu secumbi e me deixei levar por uma corrente de sentimentos, acções e objectos que nem eu sei muito bem onde os fui procurar.
Anseio por aquele momento em que serei livre, em que seremos todos livres, de tudo e porque não, de todos. Que se lixem os erros ortográficos, que se lixe est emeu sentimento por ti, que suspeito ser de difícil compreensão. Que se lixem todos aqueles que vivem por verem a vida dos outros, inúteis que nunca hão-de contemplar as cores da vida ou beber a alegria que é respirar.
Por isso procura-me. Vem ao meu encontro, de noite de dia, a qualquer hora, em qualquer lugar, eu vou estar lá, para sempre, até quando me for possível e o meu corpo não resistir à saudade de não te ter. Não tenho expectativas, não tenho lembranças, não tenho fotografias, mas tenho palavras, caras e baratas como se o diccionário tivesse sido dividido, como se o mundo fosse partilhado.
Dá-me a tua mão, respira o ar do dia, faz-me acreditar que eu sou alguém que tem a opurtunidade de se elevar por entre o sonho e eu levo-te comigo, por debaixo do meu sentimento oculto pelo desconhecido, fixo e irreal. Por debaixo do meu olhar.
És o meu escape da vida fútil, és o meu peoma melancólico, és o meu sentimento dinâmico que se reconstroi e multiplica a cada palavra tua. Ès a mensagem que espero receber, és a pessoa que me faz esquecer, aqui e agora que sou metade daquilo que posso ser e mostro apenas aquilo que os outros não querem ver.
Para quê procurar-te, para que amar-te se não existes, não permaneces em mim, não respiras, não amas, não me magoas.
Em vez disso, conto-te os dilemas em que me envolvo e as pessoas que me persseguem. Falo-te de mim com abertura, mas com protecção exaustiva, afinal não te conheço o cheiro, não te conheço a voz, nem os dedos que imagino serem belos.
Perco-me entre as muralhas do que é arriscado dizer e aquilo que já disse a algumas pessoas que depois, e assim é o amor, se tornaram descrentes e provaram não serem capazes de lidar com os sentimentos que circundam a vida, nem de lutarem por aquilo que queriam, se é que alguma vez quiseram alguma coisa. Fracas de espírito, fracas de alma, fracas de sentimentos e honestidade que vivem para sugar a energia que as envolve como se o mundo tivesse sido criado para não lhes resistir. Fraco de mim, que também eu secumbi e me deixei levar por uma corrente de sentimentos, acções e objectos que nem eu sei muito bem onde os fui procurar.
Anseio por aquele momento em que serei livre, em que seremos todos livres, de tudo e porque não, de todos. Que se lixem os erros ortográficos, que se lixe est emeu sentimento por ti, que suspeito ser de difícil compreensão. Que se lixem todos aqueles que vivem por verem a vida dos outros, inúteis que nunca hão-de contemplar as cores da vida ou beber a alegria que é respirar.
Por isso procura-me. Vem ao meu encontro, de noite de dia, a qualquer hora, em qualquer lugar, eu vou estar lá, para sempre, até quando me for possível e o meu corpo não resistir à saudade de não te ter. Não tenho expectativas, não tenho lembranças, não tenho fotografias, mas tenho palavras, caras e baratas como se o diccionário tivesse sido dividido, como se o mundo fosse partilhado.
Dá-me a tua mão, respira o ar do dia, faz-me acreditar que eu sou alguém que tem a opurtunidade de se elevar por entre o sonho e eu levo-te comigo, por debaixo do meu sentimento oculto pelo desconhecido, fixo e irreal. Por debaixo do meu olhar.
Friday, March 26, 2004
è de momentos destes que precisamos. È de momentos destes que preciso. Em que esqueço tudo e esqueço todos, deixo de me importar com quem está À minha volta e me liberto, por entre o som do mar e as canções mais ao menos pimbas que cantamos, sem dar importÂncia legítima aos atropelos das letras que já de si não são de grande qualidade.
Não pensei em nada, nem nas mensagens que me tentaram abalar de alguém que já não faz parte do meu presente, nem dos teus olhares penetrantes que me tentaram e quase o conseguiram. Mas hoje eu encontrei a felicidade, num momento partilhado com mais quatro pessoas, com pouco peso na minha vida e com uma vontade de mandar o mundo que nos rodeia bem para longe. Estou confiante que ainda hei-de conseguir ver o mundo com os olhos de uma criança mergulhada na sua inocência e que por isso mesmo acha que tudo o que vê, é belo, porque tudo que vê é novo. De repente volto a acreditar de novo que posso ser feliz, que vou ser feliz e que independentemente de tudo eu consigo ser feliz, pelo menos durante um minuto, segundo, por dia. Se isso compensa tudo? Não sei, mas sei que são momentos como estes puramente libertadores que me dão vontade de enfrentar o mundo pela minha felicidade, pela minha tranquilidade, pela minha paz, de parar de ouvir músicas tão reais que se tornam deprimentes ou adorar a melancolia do nevoeiro. Não, eu quero sol, eu quero paixão, eu quero sexo, eu quero poemas, eu quero música, eu quero luar, eu quero amar. Eu quero viver :D ( e não,não bebi).
Não pensei em nada, nem nas mensagens que me tentaram abalar de alguém que já não faz parte do meu presente, nem dos teus olhares penetrantes que me tentaram e quase o conseguiram. Mas hoje eu encontrei a felicidade, num momento partilhado com mais quatro pessoas, com pouco peso na minha vida e com uma vontade de mandar o mundo que nos rodeia bem para longe. Estou confiante que ainda hei-de conseguir ver o mundo com os olhos de uma criança mergulhada na sua inocência e que por isso mesmo acha que tudo o que vê, é belo, porque tudo que vê é novo. De repente volto a acreditar de novo que posso ser feliz, que vou ser feliz e que independentemente de tudo eu consigo ser feliz, pelo menos durante um minuto, segundo, por dia. Se isso compensa tudo? Não sei, mas sei que são momentos como estes puramente libertadores que me dão vontade de enfrentar o mundo pela minha felicidade, pela minha tranquilidade, pela minha paz, de parar de ouvir músicas tão reais que se tornam deprimentes ou adorar a melancolia do nevoeiro. Não, eu quero sol, eu quero paixão, eu quero sexo, eu quero poemas, eu quero música, eu quero luar, eu quero amar. Eu quero viver :D ( e não,não bebi).
Wednesday, March 24, 2004
Já não te evito. Deixo-me levar por esta relação equivocada, previamente comprada por outro alguém.Deixo de sentir o mundo que me rodeia, para apenas me concentrar na teu ser. As tuas qualidades dão à minha busca obssessiva uma realidade transparente.Procuro vestígios da tua força, mas tu nunca permaneces. És apenas uma sombra que tenta manter a minha capacidade de sonhar intacta.
Já desisti de te ter. Sempre que te tento alcançar, escapas-me por entre os dedos, como se este sentimento fosse algo de extinto, como se eu nao passasse também de uma sombra vagueando pelos dias, como se os momentos podessem ser cobrados.
Amanhã, vou calar o coração e a razão, vai por fim prevalecer. Por mim, por ti e por mais alguém. Vou te mandar para trás das costas e guardar o teu sorriso, que mudou o meu mundo. Na minha memória ficarão apenas os bons momentos, fruto de uma relação sem compromissos e de um sentimento sem limites ou privações. Vou encontrar outro Tu, que me dê aquilo que tu nunca me conseguirás dar_ Paz.
"if it makes you happy, it can´t be that bad
If it makes you happy, so why the hell are you so ...sad"
Sherly Crow, If it makes you happy
Já desisti de te ter. Sempre que te tento alcançar, escapas-me por entre os dedos, como se este sentimento fosse algo de extinto, como se eu nao passasse também de uma sombra vagueando pelos dias, como se os momentos podessem ser cobrados.
Amanhã, vou calar o coração e a razão, vai por fim prevalecer. Por mim, por ti e por mais alguém. Vou te mandar para trás das costas e guardar o teu sorriso, que mudou o meu mundo. Na minha memória ficarão apenas os bons momentos, fruto de uma relação sem compromissos e de um sentimento sem limites ou privações. Vou encontrar outro Tu, que me dê aquilo que tu nunca me conseguirás dar_ Paz.
"if it makes you happy, it can´t be that bad
If it makes you happy, so why the hell are you so ...sad"
Sherly Crow, If it makes you happy
Sunday, March 21, 2004
Apago tudo e volto a escrever. Já há algum tempo que é assim. Mando f* o criador do vírus que infectou o meu objecto de culto e amigo nas horas vagas, onde me mergulho na solidão do meu quarto e por onde passeio por mundos que de outra maneira não teria acesso. Grito com o computador, grito comigo e grito com quem me ouvir. Enquanto metade do mundo se encolhe perante a eminência de uma guerra, eu debato-me entre conceitos que introduzi em mim mesmo. Ninguém os conhece, ninguém os pratica e enfurece-me esta minha mania de achar que sou mais do que os outros. Porquê preocupar-me com alguém que nem sequer conheço?
Mas eu preocupo-me e tento mandar-te embora. O meu corpo diz que não consegue sobreviver sem o teu xeiro, mas a minha consciência não pára e tento mandar-te embora. Prometo a mim próprio que vai ser amanhã, mas amanhã, sabes bem, é sempre longe demais...Enumero as razões para não te ter, dizer-te que não posso, que não podes, que não podemos. Enquanto isso, subo e desço as escadas do meu desespero, interno e muitas vezes externo. Penso e só penso nisto. Penso e só penso em ti.
Afinal um adolescente não vive só para o momento.
A vida devia ser fácil, deviamos poder brincar com ela e modá-la à imagem que sempre pretendemos, conseguir apagar a memória perdida e ter tempo para fugir do sofrimento que tanto nos persegue. è uma luta de valores e é minha, aqui neste momento que é só meu e do qual eu não consigo sair, fugir.Quem me dera que as coisas fossem mais fáceis. Quem me dera, simplesmente, ter-te.
Mas eu preocupo-me e tento mandar-te embora. O meu corpo diz que não consegue sobreviver sem o teu xeiro, mas a minha consciência não pára e tento mandar-te embora. Prometo a mim próprio que vai ser amanhã, mas amanhã, sabes bem, é sempre longe demais...Enumero as razões para não te ter, dizer-te que não posso, que não podes, que não podemos. Enquanto isso, subo e desço as escadas do meu desespero, interno e muitas vezes externo. Penso e só penso nisto. Penso e só penso em ti.
Afinal um adolescente não vive só para o momento.
A vida devia ser fácil, deviamos poder brincar com ela e modá-la à imagem que sempre pretendemos, conseguir apagar a memória perdida e ter tempo para fugir do sofrimento que tanto nos persegue. è uma luta de valores e é minha, aqui neste momento que é só meu e do qual eu não consigo sair, fugir.Quem me dera que as coisas fossem mais fáceis. Quem me dera, simplesmente, ter-te.
Saturday, March 20, 2004
Um adolescente deve seguir a sua intuição e nunca a razão. Não vamos ter muitos mais momentos como estes, há que viver para o momento e deixar para trás o pensamento, enquanto temos a desculpa de sermos jovens inconsequentes que vivem num mundo que os rejeita. Rodeado pelas paredes da minha consciência debato-me com aquilo que devo fazer e aquilo que posso fazer. Entrego-me a alguém que não respira por mim, mas que vive em mim, hoje e amanhã. Porque o futuro de quem tem 17 anos é amanhã e o depois de amanhã é apenas um conceito que nos implementaram, numa idade em que ainda não tinhamos criado as defesas necessárias para nos defendermos de ideias pré-fabricadas. Respiro a música que me acompanha, deixo-me levar pelos pensamentos mais descompostos que existem. Procuro no diccionário a designação para ínfiel. As palavras não saem, porque não me sinto cansado o suficiente para ter a coragem de transpôr para as letras, aquilo que sinto neste momento. SInto-me a ser ínfiel. Ínfiel aos meus pirncípios, ínfiel à minha consciência, ínfiel ao meu coração, ínfiel áqueles que sempre negaram que eu fosse. O meu corpo já não me pertence mais, vive de alguém que nunca fará parte de mim, que jamais verá o por-do-sol ao meu lado ou me dirá algo tão simples como "Amo-te".
No fundo vivemos, inconcientes para o amor, disfarçamo-nos em relações vagas e sujas para provarmos a nós próprios que somos fortes o suficiente para vivermos sem ele, mas sabemos que quando chegámos a casa, entregamo-nos ao aconchego do sofá a fim de encontrar restos de ternura desperdiçada.
Mas o ser humano não foi construído para sobreviver a relações passageiras e vazias. Há sempre uma parte que quer mais, mesmo quando sabe que nunca o vai ter.
Eu quero mais. Quero voltar a ter a minha consciÊncia limpa de todo o mal que possa vir a causar a alguém que talvez não o mereça, quero ter alguém que viva para mim e em mim, quero voltar a conseguir construir textos com o mínimo de fundamento e deixar para trás o passado que nunca foi meu amigo. Eu quero voltar a amar, porque "Só o amor me faz correr, só o amor me faz ficar, só o amor me faz perder, só o amor me faz querer mais".
Até lá e até encontrar aconchego mais profundo do que os teus braços, ou perfume mais limpo do que o teu corpo, vou continuar a passear a teu lado, sorrindo sem imaginar que vou estar triste, olhando-te sem imaginar que não te verei mais.Até quando?
No fundo vivemos, inconcientes para o amor, disfarçamo-nos em relações vagas e sujas para provarmos a nós próprios que somos fortes o suficiente para vivermos sem ele, mas sabemos que quando chegámos a casa, entregamo-nos ao aconchego do sofá a fim de encontrar restos de ternura desperdiçada.
Mas o ser humano não foi construído para sobreviver a relações passageiras e vazias. Há sempre uma parte que quer mais, mesmo quando sabe que nunca o vai ter.
Eu quero mais. Quero voltar a ter a minha consciÊncia limpa de todo o mal que possa vir a causar a alguém que talvez não o mereça, quero ter alguém que viva para mim e em mim, quero voltar a conseguir construir textos com o mínimo de fundamento e deixar para trás o passado que nunca foi meu amigo. Eu quero voltar a amar, porque "Só o amor me faz correr, só o amor me faz ficar, só o amor me faz perder, só o amor me faz querer mais".
Até lá e até encontrar aconchego mais profundo do que os teus braços, ou perfume mais limpo do que o teu corpo, vou continuar a passear a teu lado, sorrindo sem imaginar que vou estar triste, olhando-te sem imaginar que não te verei mais.Até quando?
Um adolescente deve seguir a sua intuição e nunca a razão. Não vamos ter muitos mais momentos como estes, há que viver para o momento e deixar para trás o pensamento, enquanto temos a desculpa de sermos jovens inconsequentes que vivem num mundo que os rejeita. Rodeado por as paredes da minha consciência debato-me com aquilo que devo fazer e aquilo que posso fazer. Entrego-me a alguém que não respira por mim, mas que vive em mim, hoje e amanhã. Porque o futuro de quem tem 17 anos é amanhã e o depois de amanhã é apenas um conceito que nos implementaram, numa idade em que ainda não tinhamos criado as defesas necessárias para nos defendermos de ideias pré-fabricadas. Respiro a música que me acompanha, deixo-me levar pelos pensamentos mais descompostos que existem. Procuro no diccionário a designação para ínfiel. As palavras não saem, porque não me sinto cansado o suficiente para ter a coragem de transpôr para as letras, aquilo que sinto neste momento. SInto-me a ser ínfiel. Ínfiel aos meus pirncípios, ínfiel à minha conciência, ínfiel ao meu coração, ínfiel áqueles que sempre negaram que eu fosse. O meu corpo já não me pertence mais, vive de alguém que nunca fará parte de mim, que jamais verá o por-do-sol ao meu lado ou me dirá algo tão simples como "Amo-te".
No fundo vivemos, inconcientes para o amor, disfarçamo-nos em relações vagas e sujas para provarmos a nós próprios que somos fortes o suficiente para vivermos sem ele, mas sabemos que quando chegámos a casa, entregamo-nos ao aconchego do sofá a fim de encontrar restos de ternura desperdiçada.
Mas o ser humano não foi construído para sobreviver a relações passageiras e vazias. Há sempre uma parte que quer mais, mesmo quando sabe que nunca o vai ter.
Eu quero mais. Quero voltar a ter a minha consciÊncia limpa de todo o mal que possa vir a causar a alguém que talvez não o mereça, quero ter alguém que viva para mim e em mim, quero voltar a conseguir construir textos com o mínimo de fundamento e deixar para trás o passado que nunca foi meu amigo. Eu quero voltar a amar, porque "Só o amor me faz correr, só o amor me faz ficar, só o amor me faz perder, só o amor me faz querer mais".
No fundo vivemos, inconcientes para o amor, disfarçamo-nos em relações vagas e sujas para provarmos a nós próprios que somos fortes o suficiente para vivermos sem ele, mas sabemos que quando chegámos a casa, entregamo-nos ao aconchego do sofá a fim de encontrar restos de ternura desperdiçada.
Mas o ser humano não foi construído para sobreviver a relações passageiras e vazias. Há sempre uma parte que quer mais, mesmo quando sabe que nunca o vai ter.
Eu quero mais. Quero voltar a ter a minha consciÊncia limpa de todo o mal que possa vir a causar a alguém que talvez não o mereça, quero ter alguém que viva para mim e em mim, quero voltar a conseguir construir textos com o mínimo de fundamento e deixar para trás o passado que nunca foi meu amigo. Eu quero voltar a amar, porque "Só o amor me faz correr, só o amor me faz ficar, só o amor me faz perder, só o amor me faz querer mais".
Wednesday, March 17, 2004
O desafio era simples: pegar numa personagem masculina e montar um enredo à minha escolha, com o máximo de cinco parágrafos. Eis o resultado:
Juventude: Século XXI
Ele só queria viver. Correr o mundo, sem olhar para trás, mas bastava-lhe abrir os olhos para reparar que a realidade estava muito longe do sonho idealizado.
Partilhava o quarto com o irmão, vidrado nos muitos pokémon´s, sempre a pedir atenção dos dos pais e a fazer perguntas inúteis. Com dezasseis anos a vida não tem rumo e o ser humano deixa-se levar com muita facilidade por uma corrente fraca e o insucesso escolar advinhava o futuro do pai, a trabalhar num desses muitos shoppings espalhados por uma cidade impaciente em conviver e se misturar.
Tudo piorou depois do cancro diagnosticado à mãe, infelizmente detectado tarde mais para se prever uma cura rápida e segura. Sentia-se sózinho, partilhando a solidão com os passeios polidos por chicletes e putos desorientados a tentarem entreter-se com um qualquer electrodoméstico partido e vazio.
Foi assim que a experimentou. Ao início era só para esquecer o corte que a Sara lhe havia dado, depois era para esquecer tudo e todos: os professores que lhe exigiam mais do que podiam, os pais que nada faziam ou os amigos que pura e simplesmente não existiam.
Quando abria os olhos, via o mundo que sempre sonhara e quando nao via, fumava ainda mais, na esperança de o conseguir perspectivar. Para conseguir alimentar o sonho, começou a fazer pequenos furtos, mas como os sonhos se tornavam cada vez maiores, começou a fazer grandes furtos. Os pais estranhavam a ausência do filho, mas a sua atenção estava centrada no consumidor de pokemon´s e por isso tornaram-se seres passivos ao problema que se advinhava.
Os pais ainda lhe recordam o sorriso alegre e a segurança que procurava neles. A mãe conseguiu sobreviver ao cancro, o pai a um emprego demasiado chato para ser levado a sério e o irmão a videojogos mais violentos do que qualquer guerra. Contudo foi o bilhete deixado junto a um corpo mutilado por uma overdose que deixou mais sequelas, "Só queria Viver".
Juventude: Século XXI
Ele só queria viver. Correr o mundo, sem olhar para trás, mas bastava-lhe abrir os olhos para reparar que a realidade estava muito longe do sonho idealizado.
Partilhava o quarto com o irmão, vidrado nos muitos pokémon´s, sempre a pedir atenção dos dos pais e a fazer perguntas inúteis. Com dezasseis anos a vida não tem rumo e o ser humano deixa-se levar com muita facilidade por uma corrente fraca e o insucesso escolar advinhava o futuro do pai, a trabalhar num desses muitos shoppings espalhados por uma cidade impaciente em conviver e se misturar.
Tudo piorou depois do cancro diagnosticado à mãe, infelizmente detectado tarde mais para se prever uma cura rápida e segura. Sentia-se sózinho, partilhando a solidão com os passeios polidos por chicletes e putos desorientados a tentarem entreter-se com um qualquer electrodoméstico partido e vazio.
Foi assim que a experimentou. Ao início era só para esquecer o corte que a Sara lhe havia dado, depois era para esquecer tudo e todos: os professores que lhe exigiam mais do que podiam, os pais que nada faziam ou os amigos que pura e simplesmente não existiam.
Quando abria os olhos, via o mundo que sempre sonhara e quando nao via, fumava ainda mais, na esperança de o conseguir perspectivar. Para conseguir alimentar o sonho, começou a fazer pequenos furtos, mas como os sonhos se tornavam cada vez maiores, começou a fazer grandes furtos. Os pais estranhavam a ausência do filho, mas a sua atenção estava centrada no consumidor de pokemon´s e por isso tornaram-se seres passivos ao problema que se advinhava.
Os pais ainda lhe recordam o sorriso alegre e a segurança que procurava neles. A mãe conseguiu sobreviver ao cancro, o pai a um emprego demasiado chato para ser levado a sério e o irmão a videojogos mais violentos do que qualquer guerra. Contudo foi o bilhete deixado junto a um corpo mutilado por uma overdose que deixou mais sequelas, "Só queria Viver".
Sunday, March 14, 2004
Acreditar
Vivemos na expectativa de encontrar alguém para atravessar mais um amanhã cinzento. Procuramos em todos os rostos, gestos e odores, traços do nosso sonho incompreendido. Aquela luz que nos guiará por o caminho que se adivinha cada vez mais arrependido. Quando finalmente sentimos que o nosso coração bate por alguém, que o nosso riso existe por alguém, que vivemos porque alguém vive, dá-se uma entrega total da nossa parte. Mandámos o mundo para trás das costas e agarramo-nos às mensagens com palavras de amor. Por momentos conseguimos ser felizes, passamos a pertencer áquela elite que já sentiu o sol, quando só havia chuva, que viu as estrelas, quando só havia lua. E vivemos. E desejámos nunca mais morrer, porque aquele momento vale a pensa ser vivido. Quando tudo acaba, desaparecemos nos confins do nosso próprio sentimento. Inventamos uma fúria enturpecedora e calámos o nosso coração com todos os defeitos que ele nunca havia visto, quanto mais sentido.
O que sobra, é um ser que não quer viver, que não acredita mais na entrega absoluta por algo tão passageiro e dissolúvel. Fugimos de tudo e de todos, agarramonos ao nosso próprio medo e passamos a viver com os olhos no passado. Já nada interessa, já nada faz sentido, já nada vale a pena ser respirado.
Criam-se tantas expectativas por algo tão passageiro numa sociedade como a nossa. Somos bombardeados com casais sorridentes a partilhar uma vida de sonho, sem problemas, sem solidão, que achamonos no direito de ter algo parecido. Quando percebemos que a vida não é um anúncio de 5 minutos, daqueles em que os protagonistas vivem numa casa de 7 assoalhadas e o seu único problema é terem uma criança que pinta as paredes de uma cor contagiante e feliz. É aí, que deixamos de acreditar. Em tudo e em todos.
Alguém me pediu para não deixar de acreditar. Para continuar a acreditar que "o sol sempre amou a lua", nas ridículas cartas de amor de Fernando Pessoa, ou mesmo nos bolinhos da sorte chineses. "Acredita que tu acreditas em ti". Eu acredito em mim, mas quem é capaz de acreditar nos outros?
Vivemos na expectativa de encontrar alguém para atravessar mais um amanhã cinzento. Procuramos em todos os rostos, gestos e odores, traços do nosso sonho incompreendido. Aquela luz que nos guiará por o caminho que se adivinha cada vez mais arrependido. Quando finalmente sentimos que o nosso coração bate por alguém, que o nosso riso existe por alguém, que vivemos porque alguém vive, dá-se uma entrega total da nossa parte. Mandámos o mundo para trás das costas e agarramo-nos às mensagens com palavras de amor. Por momentos conseguimos ser felizes, passamos a pertencer áquela elite que já sentiu o sol, quando só havia chuva, que viu as estrelas, quando só havia lua. E vivemos. E desejámos nunca mais morrer, porque aquele momento vale a pensa ser vivido. Quando tudo acaba, desaparecemos nos confins do nosso próprio sentimento. Inventamos uma fúria enturpecedora e calámos o nosso coração com todos os defeitos que ele nunca havia visto, quanto mais sentido.
O que sobra, é um ser que não quer viver, que não acredita mais na entrega absoluta por algo tão passageiro e dissolúvel. Fugimos de tudo e de todos, agarramonos ao nosso próprio medo e passamos a viver com os olhos no passado. Já nada interessa, já nada faz sentido, já nada vale a pena ser respirado.
Criam-se tantas expectativas por algo tão passageiro numa sociedade como a nossa. Somos bombardeados com casais sorridentes a partilhar uma vida de sonho, sem problemas, sem solidão, que achamonos no direito de ter algo parecido. Quando percebemos que a vida não é um anúncio de 5 minutos, daqueles em que os protagonistas vivem numa casa de 7 assoalhadas e o seu único problema é terem uma criança que pinta as paredes de uma cor contagiante e feliz. É aí, que deixamos de acreditar. Em tudo e em todos.
Alguém me pediu para não deixar de acreditar. Para continuar a acreditar que "o sol sempre amou a lua", nas ridículas cartas de amor de Fernando Pessoa, ou mesmo nos bolinhos da sorte chineses. "Acredita que tu acreditas em ti". Eu acredito em mim, mas quem é capaz de acreditar nos outros?
Wednesday, March 10, 2004
De que cor é o medo? Não sei, mas eu sinto-o. Aqui, neste quarto povoado por fotografias, por pessoas que já não me acompanham, que foram deixadas para trás pelo tempo e pelos seus atormentos. Um adolescente vive rodeado por paredes revestidas por uma cor que lembra o medo. Não é preto, não é cinzento, nem o branco, é o nada. O nada que se espalha pelas nossas veias e por todos os poros da nossa pele. E de repente deixamos de sentir tudo o que nos rodeia, porque a cor do medo é baça. O sol já não nos sorri, o mar parece não nos compreender e os pais dão-se conta que nunca vamos ser aquilo que eles uma vez e todas as vezes sonharam que fôssemos. A única coisa que nos faz avançar, é a luz ao fundo do túnel. A idade adulta. E por isso combatemos o medo para chegarmos a esse nível e o medo, por fim, desapareça. Foi isso que nos ensinaram. Os adultos não têm medo. Não temem nada, nem devem explicações da sua vida imperfeita a ninguém. E por isso vivemos na ilusão desse mundo que nunca será encontrado.
O mundo devia ser capaz de nos segurar e nós de pedir ajuda. Vagueamos por aí, à espera do tal sorriso que nos trará a luz tão desejada que a nossa vida tão precisa, mas estamos tão revestidos pelo medo que ela passa por nós e nem nos damos conta. E quando olhamos para trás, a razão da nossa existência passou por nós, sorriu-nos, convidou-nos para um café e nós nem demos por isso. embrenhados nos nossos pensamentos altruístas e egoístas, fruto de quem nasceu para pensar nos seus problemas como se vivesse sozinho no mundo, perdido no meio desta galáxia, que dizem ser imensa. Alguns procuram a fuga na erva, mais ao menos fácil de arranjar que os leva a lugares onde eles nunca poderão estar, outros no grito da infância roubada e outros ainda nas novas tecnologias, que nos permitem sermos quem quisermos onde quisermos. É um mudo tão vasto, cheio de pequenos perigos, cheio de insconsciência e falta de razão, de depressão e intuição, de paixão, sexo e por fim de medo. De medo de desiludir o mundo, que nos destinou um papel para o qual nem sempre estamos preparados para desempenhar, de medo de sermos aquilo que sentimos que somos, de medo do ´próprio medo. O discman acaba por se tornar o nosso melhor amigo, sempre disponível para tudo e para todos. Quando é que isto acaba? Dizem que é agora que se vive a vida, que se mata os fantasmas do passado e se constroi a nossa identidade, o nosso ser, aquilo que nos vai delimitar no futuro. Mas que fazer quando já nascemos limitados? Há sempre uma boa razão para não nos sentirmos bons o suficiente.
O mundo devia ser capaz de nos segurar e nós de pedir ajuda. Vagueamos por aí, à espera do tal sorriso que nos trará a luz tão desejada que a nossa vida tão precisa, mas estamos tão revestidos pelo medo que ela passa por nós e nem nos damos conta. E quando olhamos para trás, a razão da nossa existência passou por nós, sorriu-nos, convidou-nos para um café e nós nem demos por isso. embrenhados nos nossos pensamentos altruístas e egoístas, fruto de quem nasceu para pensar nos seus problemas como se vivesse sozinho no mundo, perdido no meio desta galáxia, que dizem ser imensa. Alguns procuram a fuga na erva, mais ao menos fácil de arranjar que os leva a lugares onde eles nunca poderão estar, outros no grito da infância roubada e outros ainda nas novas tecnologias, que nos permitem sermos quem quisermos onde quisermos. É um mudo tão vasto, cheio de pequenos perigos, cheio de insconsciência e falta de razão, de depressão e intuição, de paixão, sexo e por fim de medo. De medo de desiludir o mundo, que nos destinou um papel para o qual nem sempre estamos preparados para desempenhar, de medo de sermos aquilo que sentimos que somos, de medo do ´próprio medo. O discman acaba por se tornar o nosso melhor amigo, sempre disponível para tudo e para todos. Quando é que isto acaba? Dizem que é agora que se vive a vida, que se mata os fantasmas do passado e se constroi a nossa identidade, o nosso ser, aquilo que nos vai delimitar no futuro. Mas que fazer quando já nascemos limitados? Há sempre uma boa razão para não nos sentirmos bons o suficiente.
Tuesday, March 09, 2004
Somos tão corruptíveis. Vivemos de palavras vazias, no vazio de milhares pessoas que partilham o seu dia a dia com tantas outras. Vivemos para nós, sem nos darmos conta que ao nosso lado alguém precisa de ajuda e que atrás de nós alguém nos quer dá-la. Vivemos de palavras vazias, sem nos darmos conta do que se passa à nossa volta, revestidos por roupas da marca e por um comportamento puro e incorruptível. Afogamos as nossas magoas no alcóol barato, na esperança de que os outros tenham pena da nossa insegnificância e passem a permitir que partilhemos com eles os dias longos, numa cidade que não quer saber de ninguém. E crescemos assim, numa sociedade que nos chama de rasca, apenas porque temos coragem de ser piores do que eles alguma vez pensaram em ser. Ensinam-nos a ser grandes médicos, advogados, jornalistas, mas quem nos ensina a saber amar? A dar, sem pedir nada em troca, a ajudar o desconhecido quando ele chora numa das muitas ruas porque não consegue sobreviver. Enquanto isso ensinan-nos que devemos calçar a sapatilha da moda, vestir a camisola do momento e pintar o coração da cor que toda a gente gosta. No fim, ficamos sem identidade, sem carisma, mas ganhamos alguma coisa. Um canto qualquer, num grupo qq, mas que é nosso, mas no fim sabemos que são só palavras soltas. A verdade não existe e as palavras começam-se a confudir a si mesmas, porque é assim que um adolescente vive : na sua própria confusão desde que descobriram que havia uma fase entre a infância e e a fase para a qual todos corremos, a idade adulta. E cada dia, é cada vez mais vazio, cada minuto é mais longo, cada momento é duro. A insegurança chega a doer. São só palavras soltas, mas são muitas as vezes em que as mesmas palavras soltas nos deitam abaixo.
Somos tão corruptíveis. Vivemos de palavras vazias, no vazio de milhares pessoas que partilham o seu dia a dia com tantas outras. Vivemos para nós, sem nos darmos conta que ao nosso lado alguém precisa de ajuda e que atrás de nós alguém nos quer dá-la. Vivemos de palavras vaizas, sem nos darmos conta do que se passa à nossa volta, revestidos por roupas da marca e por um comportamento puro e incorruptível. Afogamos as nossas magoas no alcóol barato, na esperança de que os outros tenham pena da nossa insegnificância e passem a permitir que partilhemos com eles os dias longos, numa cidade que não quer saber de ninguém. E crescemos assim, numa sociedade que nos chama de rasca, apenas porque temos coragem de ser piores do que eles alguma vez pensaram em ser. Ensinam-nos a ser grandes médicos, advogados, jornalistas, mas quem nos ensina a saber amar? A dar, sem pedir nada em troca, a ajudar o desconhecido quando ele chora numa das muitas ruas porque não consegue sobreviver. Enquanto isso ensinan-nos que devemos calçar a sapatilha da moda, vestir a camisola do momento e pintar o coração da cor que toda a gente gosta. No fim, ficamos sem identidade, sem carisma, mas ganhamos alguma coisa. Um canto qualquer, num grupo qq, mas que é nosso, mas no fim sabemos que são só palavras soltas. A verdade não existe e as palavras começam-se a confudir a si mesmas, porque é assim que um adolescente vive : na sua própria confusão desde que descobriram que havia uma fase entre a infância e e a fase para a qual todos corremos, a idade adulta. E cada dia, é cada vez mais vazio, cada momento é mais longo, cada momento é duro. A insegurança chega a doer. São só palavras soltas, mas são muitas as vezes em que nos deitam abaixo...l
Friday, March 05, 2004
Preciso de paz. Percorro este caminho, um bocado sem rumo à espera que o destino me traga aquilo de que eu tanto preciso. Só o tempo o dirá. Quando se acaba magoado por alguém, leva tempo a que o nosso corpo e a nossa mente se unam novamente para juntos se tornarem mais do que um ser mutilado. E cada dia é uma busca. Pelo caminho, tropeça-se, cometem-se erros, mais ao menos graves em nome de uma adolescência que se quer livre. Afinal de que serve tudo isto? Entre uma pringle e um copo de coca-cola os pensamentos acabam por fluír e o coração cansado de uma luta angustiante pela procura da razão de bater acaba por repousar.
Só queria alcançar aquela paz de alma que nos permite ficar imunes a todas aquelas coisas que normalmente nos afectariam. Para isso mergulho-me nas canções mais aa menos depressivas e nos filmes que retratam aquelas histórias, seja de amor ou de terror, que eu não consigo viver.Às vezes dá vontade de largar tudo. È tanta a pressão e tanto o medo de falhar...Horas a tentar moderar a dicção, a melhorar a imagem, a tentar ser aquilo que nem sempre é suposto ser. E o sol que não vem e o rumo que está perdido. Não consigo fugir deste estado. Quando nos sentimos mutilados por dentro e por fora, o que é suposto fazer? Erguer a cabeça e continuar em frente, ou cair no esquecimento da nossa prórpia solidão? Onde está aquela luz que nos deveria guiar, a fim de nos levar a um lugar mais seguro, onde o amor nao seria mais um lugar estranho? È tarde e por isso talvez o pensamento não coincida com a fluidez da escrita, mas também não há grande sono, porque sonhar nem sempre é agradável.
Preciso de paz, para voar por entre os os pilares do meu próprio medo. Talvez me esteja a tornar uma pessoa cinzenta, mas não há grande motivação para percorrer um caminho desgastado por relações ocas e atormentadas. Não existe fim, quando não houve princípio.
Rádio Macau - "Já não sei viver, sem ter de viver".- Acordar
Luis_silva@tvtel.pt
Só queria alcançar aquela paz de alma que nos permite ficar imunes a todas aquelas coisas que normalmente nos afectariam. Para isso mergulho-me nas canções mais aa menos depressivas e nos filmes que retratam aquelas histórias, seja de amor ou de terror, que eu não consigo viver.Às vezes dá vontade de largar tudo. È tanta a pressão e tanto o medo de falhar...Horas a tentar moderar a dicção, a melhorar a imagem, a tentar ser aquilo que nem sempre é suposto ser. E o sol que não vem e o rumo que está perdido. Não consigo fugir deste estado. Quando nos sentimos mutilados por dentro e por fora, o que é suposto fazer? Erguer a cabeça e continuar em frente, ou cair no esquecimento da nossa prórpia solidão? Onde está aquela luz que nos deveria guiar, a fim de nos levar a um lugar mais seguro, onde o amor nao seria mais um lugar estranho? È tarde e por isso talvez o pensamento não coincida com a fluidez da escrita, mas também não há grande sono, porque sonhar nem sempre é agradável.
Preciso de paz, para voar por entre os os pilares do meu próprio medo. Talvez me esteja a tornar uma pessoa cinzenta, mas não há grande motivação para percorrer um caminho desgastado por relações ocas e atormentadas. Não existe fim, quando não houve princípio.
Rádio Macau - "Já não sei viver, sem ter de viver".- Acordar
Luis_silva@tvtel.pt
Wednesday, March 03, 2004
Dicas:
Para aqueles dias não, em que a rádio só passa músicas alegres e divertidas e não podemos ouvir um réstio de felicidade como «i´m like a bird» ou «walkin on sunshine» aqui ficam algumas músicas que vos podem fazer companhia durantes esses momentos, porque a vida nem sempre nos sorri e por vezes só queremos mergulhar no vazio da nossa solidão.
Duran Duran _ Ordinary World
U2 _ One
Phill Colins _ I wish it would rain know
Sarah Mclachlan _ Angel
Avril Lavigne _ Tomorrow
Cafe del mar _ Beautiful
Aimee Man _ Wise up
Ez Special _ Thinkin about you
Rádio Macau _ Acordar
Skunk Anansie _ Secretely
Gary Jules _ Mad world
Natalie Imbruglia _ That day
Clã _ Problema de expressão
No Doubt _ Don´t speak
Linkin Park _ Numb
Chris Isaak _ Wicked game
Evanescence _ My immortal
Madonna _ Substitute 4 love/Drowned world
Alicia Keys _ Butterfly
Celine Dion _ All by myself
Coldplay _ Yellow
Radiohead _ Creep
Rui Veloso _ Jura
Patrick Swayze _ She´s like the wind
Lene Marlin _ You weren´t there
Silence 4 _ To give
R.E.M. _ Everybody hurt´s
Para aqueles dias não, em que a rádio só passa músicas alegres e divertidas e não podemos ouvir um réstio de felicidade como «i´m like a bird» ou «walkin on sunshine» aqui ficam algumas músicas que vos podem fazer companhia durantes esses momentos, porque a vida nem sempre nos sorri e por vezes só queremos mergulhar no vazio da nossa solidão.
Duran Duran _ Ordinary World
U2 _ One
Phill Colins _ I wish it would rain know
Sarah Mclachlan _ Angel
Avril Lavigne _ Tomorrow
Cafe del mar _ Beautiful
Aimee Man _ Wise up
Ez Special _ Thinkin about you
Rádio Macau _ Acordar
Skunk Anansie _ Secretely
Gary Jules _ Mad world
Natalie Imbruglia _ That day
Clã _ Problema de expressão
No Doubt _ Don´t speak
Linkin Park _ Numb
Chris Isaak _ Wicked game
Evanescence _ My immortal
Madonna _ Substitute 4 love/Drowned world
Alicia Keys _ Butterfly
Celine Dion _ All by myself
Coldplay _ Yellow
Radiohead _ Creep
Rui Veloso _ Jura
Patrick Swayze _ She´s like the wind
Lene Marlin _ You weren´t there
Silence 4 _ To give
R.E.M. _ Everybody hurt´s
Light
You cannot imagine the light
that you brought to my life.
After so many years
searching someone in those wild night´s
I found my reason to breathe
beyond my childish fears.
It´s a strength that grow´s inside my heart
wich makes my knees weak
and makes me act life a freak.
I don´t know everything about you
but i know the effect that you caused in my world
makin´me believe that i would not suffer anymore
cause that was before
With you i found my tear lookin´pretty
My body lookin´perfect
My soul lookin´complete
WIth you i found myself living a dream
Those where you just wanna scream
Cause you feel so free
that you don´t believe that can be real
I follow so many faces
enter to so many places
but only know i discover the real me
drowning in something that even words could not tell.
Sometimes i feel that i don´t deserve so mutch grace
but after so many lies, revenge and pain
i see your name written in my heart.
I never knew it would be likes this from the start
but i ´m happy, cause finnally i´m not playing a silly game.
I just wanna catch this moment
and make it perfect as long i can take it,
Cause i feel that i can shine again
To everyone, withouth no blame,
As long i feel stronger enough to breathe so much light
i will never end this feeling, the one that brought me to life.
You cannot imagine the light
that you brought to my life.
After so many years
searching someone in those wild night´s
I found my reason to breathe
beyond my childish fears.
It´s a strength that grow´s inside my heart
wich makes my knees weak
and makes me act life a freak.
I don´t know everything about you
but i know the effect that you caused in my world
makin´me believe that i would not suffer anymore
cause that was before
With you i found my tear lookin´pretty
My body lookin´perfect
My soul lookin´complete
WIth you i found myself living a dream
Those where you just wanna scream
Cause you feel so free
that you don´t believe that can be real
I follow so many faces
enter to so many places
but only know i discover the real me
drowning in something that even words could not tell.
Sometimes i feel that i don´t deserve so mutch grace
but after so many lies, revenge and pain
i see your name written in my heart.
I never knew it would be likes this from the start
but i ´m happy, cause finnally i´m not playing a silly game.
I just wanna catch this moment
and make it perfect as long i can take it,
Cause i feel that i can shine again
To everyone, withouth no blame,
As long i feel stronger enough to breathe so much light
i will never end this feeling, the one that brought me to life.
Thursday, February 26, 2004
Acordar
Vejo-te ao longe, perdida sem mim
Estendo-te a mão e sorris com um sim
A vida é tão feitas de nadas
de tudos e de falsas fadas
no fim, é tudo um sofrimento sem fim.
Mas então descobri-te e nunca mais te esqueci
Queria poder tocar-te e talvez amar-te
dizer que é em ti que penso
e que vivo por este sentimento denso
Mas não te conheço
e mesmo sem te falar, não te esqueço.
vivo mergulhado nas rimas ricas ou pobres
a ver se me descobres
encoberto por uma máscara que já usei
mas que como tudo, cansei
Estou aqui para dizer que te quero conhecer
Ao teu lado estarei para te entender
Não importa os erros do passado
Porque ele acabará por ser lavado
Entrega-me os teus lábios
E eu mostro-te como é que eles podem ser sábios
Não interessa se o amor é um lugar estranho
Porque agora eu só quero amar esse teu corpo castanho
E era por ti que eu parava
E ficava toda a noite e nem hesitava
Agora que te conheci, quero fazer tudo por ti
Nunca parar de estar ao teu lado
Amar-te sem pecado
parece ser este o meu fado
os outros que se lixem
não foram feitos para me ouvir
mas é a ti que eu quero sentir
mergulhar no teu cabelo
e Acordar ao vê-lo.
QUero que saibas que não te vou largar
para um qualquer te roubar
Sente a minha batida, agarra-te à minha vida
Pois é por ti que ela é vivida
Isto é para ti, para saberes que ainda não te esqueci
Que não desisti de te conhecer, apesar de não te entender
Não importa os erros do passado
pois ele acabará por ser lavado
entrega-me essa tua vida
e eu faço de ti a minha diva,
Não importa se o amor é um lugar estranho
pois eu só quero amar esse teu corpo castanho.
E queria que soubesses que o meu coração pára para te ver
E os meus olhos nunca deixam de te ler.
Fixo o meu pensamento em ti
Acordo e axo k te sorri
Esqueço tudo e juro que ainda te hei-de ter
Porque não acaba este querer
E é tão grande esta minha vontade de dar
De te ver, pois és tu a razão do meu Acordar.
Luís Gomes
Luis_silva@tvtel.pt
Vejo-te ao longe, perdida sem mim
Estendo-te a mão e sorris com um sim
A vida é tão feitas de nadas
de tudos e de falsas fadas
no fim, é tudo um sofrimento sem fim.
Mas então descobri-te e nunca mais te esqueci
Queria poder tocar-te e talvez amar-te
dizer que é em ti que penso
e que vivo por este sentimento denso
Mas não te conheço
e mesmo sem te falar, não te esqueço.
vivo mergulhado nas rimas ricas ou pobres
a ver se me descobres
encoberto por uma máscara que já usei
mas que como tudo, cansei
Estou aqui para dizer que te quero conhecer
Ao teu lado estarei para te entender
Não importa os erros do passado
Porque ele acabará por ser lavado
Entrega-me os teus lábios
E eu mostro-te como é que eles podem ser sábios
Não interessa se o amor é um lugar estranho
Porque agora eu só quero amar esse teu corpo castanho
E era por ti que eu parava
E ficava toda a noite e nem hesitava
Agora que te conheci, quero fazer tudo por ti
Nunca parar de estar ao teu lado
Amar-te sem pecado
parece ser este o meu fado
os outros que se lixem
não foram feitos para me ouvir
mas é a ti que eu quero sentir
mergulhar no teu cabelo
e Acordar ao vê-lo.
QUero que saibas que não te vou largar
para um qualquer te roubar
Sente a minha batida, agarra-te à minha vida
Pois é por ti que ela é vivida
Isto é para ti, para saberes que ainda não te esqueci
Que não desisti de te conhecer, apesar de não te entender
Não importa os erros do passado
pois ele acabará por ser lavado
entrega-me essa tua vida
e eu faço de ti a minha diva,
Não importa se o amor é um lugar estranho
pois eu só quero amar esse teu corpo castanho.
E queria que soubesses que o meu coração pára para te ver
E os meus olhos nunca deixam de te ler.
Fixo o meu pensamento em ti
Acordo e axo k te sorri
Esqueço tudo e juro que ainda te hei-de ter
Porque não acaba este querer
E é tão grande esta minha vontade de dar
De te ver, pois és tu a razão do meu Acordar.
Luís Gomes
Luis_silva@tvtel.pt
No Doubt
Don´t Speak
You and me
we used to be together
everyday together, always
I really feel i´m losing my best friend
i can´t believe this could be the end
It looks as though you´re letting go
and if i´t´s real , i don´t want to know
Don´t Speak i know just what you´re saying
so please stop explaining
don´t tell me cause it hurts
Don´t speak i know what you´re thinkin
And i don´t need you´re reasons
don´t tell me cause it hurts
Our memories
They can be inviting
But some are altogether
Mighty frightening
As we die, both, you and i
with my head in my hands
I sit and cry
It´s all ending
i gotta stop pretending who we are
You and me...i can see us dying, are we?
Don´t Speak
You and me
we used to be together
everyday together, always
I really feel i´m losing my best friend
i can´t believe this could be the end
It looks as though you´re letting go
and if i´t´s real , i don´t want to know
Don´t Speak i know just what you´re saying
so please stop explaining
don´t tell me cause it hurts
Don´t speak i know what you´re thinkin
And i don´t need you´re reasons
don´t tell me cause it hurts
Our memories
They can be inviting
But some are altogether
Mighty frightening
As we die, both, you and i
with my head in my hands
I sit and cry
It´s all ending
i gotta stop pretending who we are
You and me...i can see us dying, are we?
Saturday, February 21, 2004
Passados alguns dias, olho para trás e contemplo a insensatez das minhas acções. Aquela insensatez digna de um adolescente meio perdido que acha que encontrou o caminho que tanto buscava, rodeado por uma sociedade esquizofrénica.
Lembro-me de tudo. Das palavras apaixonadas, do mediatismo inopurtuno, das mãos dadas e dos momentos mais ao menos intímos. Lembro-me inclusive de me teres dito que amavas o meu ser e tudo que nele residia e de repente, puff, não me dizeres nada durante cinco dias. Acabas-te por dizer, e como menina do século 21 que és, acabas-te por me dizer algo através das novas tecnologias. Bem, se ser mandado para trás , quando nada indica, já é mau, se não saber nada de ti durante alguns penosos dias, já é muito mau,então levar um corte via sms...é suficiente mau para te ganhar um sentimento adverso muito grande.Porquê? Porque significa que tavas a cagar para mim,mostra que não tens qualquer respeito pela pessoa que sou, já para não falar que não sentias metade do que dizias e que me fizeste mergulhar num sonho do qual me custou muito a acordar. Acabo por achar que fui usado. Mostras-te a meio mundo que eras suficientemente boa para andar comigo e depois do facto consumado mandas-me passear. Magoas-te duas pessoas que gostavam de ti e nem te importaste com isso.Nunca mais te vi, mas também não tenho grande vontade de te ver. Se já te achava suficientemente mimada, agora acho-te suficientemente imatura porque nem tiveste a coragem de vir falar comigo,admitir à minha frente o que tinhas feito e como tinhas errado.Se calhar não achas que erras-te...Mas estás sozinha e no fim, estarás ainda mais sozinha.Se as pessoas que te conhecem já não gostavam de ti, agora é que não acho que haja volta a dar.E tu mereces.Podes não admitir, mas tu mereces.Só espero que não te arrependas, porque se te arrependeres... bem, acredita que eu não vou estar aqui.Uma é vez é suficiente para aprender o que tinha para aprender.
Confesso que vou ter saudades. Não de ti, mas da tua família. Da tua mãe, pessoa fantástica, da tua irmã sempre excelente comigo ao contrário da imagem que me transmitias e mesmo do imberbe do teu irmão, adolescente também perdido, fruto de uma família desintegrada.
O que me mete mais ...nojo, sim é esta a palavra certa, foi termos passeado em frente a toda a escola de mão dada como se fossemos o par ideal e andássemos há meia dúzia de anos. Até hoje ainda não percebi porque fizemos isso, ou talvez saiba e não queira saber. A verdade nem sempre é saudável.
Este será o último dos meus textos dedicados à tua pessoa. Após ler o que já escrevi, sinto-me tão parvo como quando tinha 7 anos e escrevia cartas de amor à minha namorada de infância.É a última, como se tu merecesses a primeira...
Lembro-me de tudo. Das palavras apaixonadas, do mediatismo inopurtuno, das mãos dadas e dos momentos mais ao menos intímos. Lembro-me inclusive de me teres dito que amavas o meu ser e tudo que nele residia e de repente, puff, não me dizeres nada durante cinco dias. Acabas-te por dizer, e como menina do século 21 que és, acabas-te por me dizer algo através das novas tecnologias. Bem, se ser mandado para trás , quando nada indica, já é mau, se não saber nada de ti durante alguns penosos dias, já é muito mau,então levar um corte via sms...é suficiente mau para te ganhar um sentimento adverso muito grande.Porquê? Porque significa que tavas a cagar para mim,mostra que não tens qualquer respeito pela pessoa que sou, já para não falar que não sentias metade do que dizias e que me fizeste mergulhar num sonho do qual me custou muito a acordar. Acabo por achar que fui usado. Mostras-te a meio mundo que eras suficientemente boa para andar comigo e depois do facto consumado mandas-me passear. Magoas-te duas pessoas que gostavam de ti e nem te importaste com isso.Nunca mais te vi, mas também não tenho grande vontade de te ver. Se já te achava suficientemente mimada, agora acho-te suficientemente imatura porque nem tiveste a coragem de vir falar comigo,admitir à minha frente o que tinhas feito e como tinhas errado.Se calhar não achas que erras-te...Mas estás sozinha e no fim, estarás ainda mais sozinha.Se as pessoas que te conhecem já não gostavam de ti, agora é que não acho que haja volta a dar.E tu mereces.Podes não admitir, mas tu mereces.Só espero que não te arrependas, porque se te arrependeres... bem, acredita que eu não vou estar aqui.Uma é vez é suficiente para aprender o que tinha para aprender.
Confesso que vou ter saudades. Não de ti, mas da tua família. Da tua mãe, pessoa fantástica, da tua irmã sempre excelente comigo ao contrário da imagem que me transmitias e mesmo do imberbe do teu irmão, adolescente também perdido, fruto de uma família desintegrada.
O que me mete mais ...nojo, sim é esta a palavra certa, foi termos passeado em frente a toda a escola de mão dada como se fossemos o par ideal e andássemos há meia dúzia de anos. Até hoje ainda não percebi porque fizemos isso, ou talvez saiba e não queira saber. A verdade nem sempre é saudável.
Este será o último dos meus textos dedicados à tua pessoa. Após ler o que já escrevi, sinto-me tão parvo como quando tinha 7 anos e escrevia cartas de amor à minha namorada de infância.É a última, como se tu merecesses a primeira...
Sunday, February 15, 2004
Joguei mal. A falta de concentração não ajudou. Ganhamos, mas joguei mal.
Frases como "sinto-me tão bem ao teu lado" ou "Amo-te tanto" ecoam na minha cabeça a cada momento, sem nunca me deixarem pensar em voltar a viver. O que me aborrerce mais foi termos namora e do eu ter enchido o meu coração de esperanças que pelos vistos eram falsas. Agora, sinto-me sem chão, sem tecto, sem barreiras.
Sempre te disse que te dava o tempo que quisesses, que eu estaria ali quando o tempo surgisse, mas não!! Mandas-te o teu beto ao ar, sem que nada o fizesse esperar e fizeste-me juras de amor, como se o amor fosse eterno.Pois, é que pelos vistos não é. Após três dias, disseste-me que precisavas de um tempo. Passaram cinco dias e eu não sei nada de ti. Sei apenas que na tua opinião sou o rapaz mais lindo que existe, mas não sei mais nada. Em cinco dias apenas me dizes um piropo superficial e barato, como se apenas o meu ser fosse feito de algo exclusivamente exterior.Disseste também que me ias telefonar- não telefonas-te, já para não falar no prometido encontro sexta-feira ao qual faltaste sem me dar uma explicação. Que estejas a passar por uma grande hesitação, compreendo, agora o que não compreendo é que estejas a passar por ela agora, porque sempre me havias dito que em ti só havia certezas, nunca dúvidas. E agora? Em que ficamos? Vou fugir. Não acho certo que tenhas magoado duas pessoas em tao pouco tempo. È que a massa cinzenta que temos cá dentro, curiosamente foi feita para pensar e para tentar evitar erros destes. Se nunca tivesses andado comigo, hoje era muito mais feliz pois viveria na ilusão do que poderia ter sido o nosso amor. A palavra que me ocorre é DeSiLuSão. Muita, mUita, mas mesmo muita.Acho que nunca esperei isto de ti. Mas eu não vou ficar à tua espera. tenho uma vida para viver e agora que a descobri não vou ficar agarrado a uma memória inesquecível,sim, mas perdida.
Frases como "sinto-me tão bem ao teu lado" ou "Amo-te tanto" ecoam na minha cabeça a cada momento, sem nunca me deixarem pensar em voltar a viver. O que me aborrerce mais foi termos namora e do eu ter enchido o meu coração de esperanças que pelos vistos eram falsas. Agora, sinto-me sem chão, sem tecto, sem barreiras.
Sempre te disse que te dava o tempo que quisesses, que eu estaria ali quando o tempo surgisse, mas não!! Mandas-te o teu beto ao ar, sem que nada o fizesse esperar e fizeste-me juras de amor, como se o amor fosse eterno.Pois, é que pelos vistos não é. Após três dias, disseste-me que precisavas de um tempo. Passaram cinco dias e eu não sei nada de ti. Sei apenas que na tua opinião sou o rapaz mais lindo que existe, mas não sei mais nada. Em cinco dias apenas me dizes um piropo superficial e barato, como se apenas o meu ser fosse feito de algo exclusivamente exterior.Disseste também que me ias telefonar- não telefonas-te, já para não falar no prometido encontro sexta-feira ao qual faltaste sem me dar uma explicação. Que estejas a passar por uma grande hesitação, compreendo, agora o que não compreendo é que estejas a passar por ela agora, porque sempre me havias dito que em ti só havia certezas, nunca dúvidas. E agora? Em que ficamos? Vou fugir. Não acho certo que tenhas magoado duas pessoas em tao pouco tempo. È que a massa cinzenta que temos cá dentro, curiosamente foi feita para pensar e para tentar evitar erros destes. Se nunca tivesses andado comigo, hoje era muito mais feliz pois viveria na ilusão do que poderia ter sido o nosso amor. A palavra que me ocorre é DeSiLuSão. Muita, mUita, mas mesmo muita.Acho que nunca esperei isto de ti. Mas eu não vou ficar à tua espera. tenho uma vida para viver e agora que a descobri não vou ficar agarrado a uma memória inesquecível,sim, mas perdida.
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